A Honda ampliou mais uma vez a
quantidade de seus carros que terão que voltar às oficinas para substituir o
airbag do passageiro por conta de um grave defeito de fabricação. Alguns dos
carros convocados desta vez já foram convocados para recall anteriormente e
podem já ter passado pelo reparo, porém terão que ser consertados novamente. O
caso faz parte do megarecall global de airbags fabricados pela empresa Takata e
que equipam carros de diversas montadoras. Honda e Toyota são as mais afetadas
no Brasil.
Desta vez, o recall afeta mais
34.530 unidades dos modelos Civic (ano/modelo 2001 e 2001), Fit (ano/modelo
2012), City (ano/modelo 2012) e Accord (ano/modelo 2012) e outras 80 unidades
da moto GL 1800 Gold Wing (ano/modelo 2012). No caso dos carros, apenas o
airbag do passageiro apresenta risco e será substituído. O reparo dos carros
pode ser agendado a partir do dia 30 de janeiro, enquanto o recall das motos
será oferecido a partir de 1º de fevereiro. Em ambos os casos, assim como todos
os outros recalls convocados no país, não há data limite para que o reparo seja
feito.
Em um comunicado à imprensa, a
Honda explica que este recall afeta algumas unidades do Civic 2001 a 2002 que
foram convocadas em julho de 2010. Entre estes carros, tanto os que não
atenderam ao primeiro recall como os que já passaram por um primeiro conserto
devem agendar o reparo desta vez. Isso porque "alguns insufladores
reparados anteriormente poderão sofrer, após longos períodos, degradação quando
expostos às variações de umidade e temperatura", afirma a empresa.
Chassis convocados
Honda Civic ano/modelo 2001,
fabricados entre 28 de novembro de 2000 e 21 de junho de 2002, com chassis
entre 1Z000024 e 1Z015295
Honda Civic ano/modelo 2002,
fabricados entre 28 de novembro de 2000 e 21 de junho de 2002, com chassis
entre 2Z101243 e 2Z116630
Honda Fit ano/modelo 2012,
fabricados entre 22 de junho de 2011 e 14 de março de 2012, com chassis entre
CZ100001 e CZ112418
Honda City ano/modelo 2012,
fabricados entre 28 d ejunho de 2011 e 09 de abril de 2012, com chassis entre
CZ200001 e CZ214820
Honda Accord ano/modelo 2012,
fabricados entre 2 de agosto de 2011 e 26 de janeiro de 2012, com chassis entre
CC200005 e CC200319
Honda GL 1800 Gold Wing
ano/modelo 2012, fabricados entre 23 de fevereiro de 2012 e 4 de dezembro de
2012, com chassis entre CK000003 e CK000082
Entenda o caso
A falha afeta carros que foram
equipados com um tipo específico de airbag. Eles contam com um componente
químico chamado de nitrato de amônio, que deteriora quando entra em contato com
umidade e altas temperaturas. Nesses casos, a reação química que faz com que as
bolsas de segurança sejam infladas acontece mais rápido do que o previsto.
Assim, a cápsula metálica que abriga o nitrato de amônio não resiste à pressão
maior do que a esperada e pode se romper.
Fragmentos metálicos desta
cápsula podem ser projetados contra os passageiros, causando lesões graves e
risco de morte. Nos Estados Unidos, mesmo passageiros que se envolveram em
acidentes leves acabaram morrendo depois de feridos pelos metais. Vale
ressaltar, porém, que não há qualquer registro de que a falha tenha ocorrido em
algum carro vendido no Brasil. Em entrevista exclusiva à Autoesporte, Airton
Evangelista, presidente da Takata Brasil, falou sobre a gravidade do caso pela
primeira vez à imprensa brasileira: "Para todo mundo que eu puder
recomendar, digo: faça o recall do seu carro".
Direitos do consumidor
O Procon-SP orienta a todos os
consumidores envolvidos em campanhas de chamamento a exigirem o comprovante de
que o serviço de reparo tenha sido realizado. O documento deve ser conservado e
repassado adiante em caso de venda. O direito ao reparo gratuito também é
garantido aos proprietários de veículos que foram comercializados mais de uma
vez.
Os veículos que não atenderem
ao recall e forem reparados em até 12 meses trarão a informação do não
atendimento no campo "observações" do próximo Certificado de Registro
e Licenciamento (CRLV), conforme determinado pela Portaria Conjunta nº 69 de
15/12/2010, da Secretaria de Direito Econômico e do Diretor do Departamento
Nacional de Trânsito.
Auto Esporte
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