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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Fim do ‘La Niña‘ deixa clima mais incerto no Brasil nos próximos meses

Caracterizado por um resfriamento acima da média da superfície do Oceano Pacífico, o fenômeno La Niña mal se estabeleceu e já se dissipou, anunciou esta semana a Administração Nacional para Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa, na sigla em inglês). Com isso, o clima no Brasil vai ficar mais imprevisível nos próximos meses, já que estas épocas de neutralidade na temperatura da água do Pacífico deixam o tempo no país mais ao sabor de outras variáveis transitórias, como o comportamento dos ventos no Atlântico, alerta Renata Tedeschi, climatologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe).

— Nestes períodos de neutralidade é muito difícil prever o que vai acontecer porque o clima no Brasil passa a estar sujeito a muitos outros fatores — explica Renata. — Sem El Niño ou La Niña, não temos um fenômeno de grande influência que guie a previsão numa direção. E isto dificulta fazer prognósticos, principalmente para períodos de mais de três meses. 

Renata ressalta, no entanto, que, diante da baixa intensidade que apresentava esta ocorrência do La Niña, o CPTEC, em conjunto com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), já trabalhava suas previsões como se o fenômeno não tivesse se estabelecido. Segundo ela, para influenciar perceptivelmente o clima no país, trazendo, por exemplo, mais chuvas para o Norte e Nordeste e menos no Sul, o La Niña tem que ser no mínimo moderado, com as águas do Pacífico pelo menos 1º C mais frias que o normal. De acordo com o monitoramento da Noaa, porém, esta anomalia não passou de -0,8º C nas médias trimestrais móveis registradas na região central do oceano desde o período de julho-setembro do ano passado, metodologia e local usados como referência pela instituição para declarar a ocorrência do fenômeno e, no caso de aquecimento anormal das águas, seu inverso, o El Niño.

— Um La Niña fraco como este afeta muito pouco o clima no Brasil — justifica Renata.

Ainda de acordo com a Noaa, a maioria dos modelos aponta que as condições de neutralidade devem continuar pelo menos até o fim do verão no Hemisfério Norte, inverno aqui no Brasil. Mas a partida do La Niña também abre caminho para a volta do El Niño, que tem um impacto maior no clima brasileiro, trazendo, por exemplo, mais chuvas para o Sul e Sudoeste e provocando secas no Norte e Nordeste, além de aumentar a temperatura média no país de forma generalizada. Segundo a Noaa, já a partir do trimestre setembro-novembro são de 50% as chances de o Pacífico equatorial ficar mais quente que o normal e o El Niño recomeçar.

— Mas este trimestre ainda está muito longe, então é muito difícil afirmar que o El Niño vai voltar. Temos que acompanhar para ver se ele se desenvolve ou não — conclui Renata.

O Globo

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