O número é preocupante: 503
mortes em menos de três meses. O número foi divulgado na manhã desta
quarta-feira (15) pelo Observatório da Violência Letal Intencional (OBVIO), que
monitora as mortes violentas no Rio Grande do Norte. Em 2016, neste mesmo
período, o número era 375.
As mortes mais recentes foram
registradas entre a noite da terça-feira (14) e madrugada desta quarta. Pelo
menos cinco pessoas foram assassinadas somente na Grande Natal. E uma sexta
vítima tombou na cidade de Caicó, na região Seridó.
Em São Gonçalo do Amarante, os
alvos foram dois jovens: Jaime Amaro da Silva, de 19 anos, e Daniel Barros
Pinheiro da Silva, de 20. Ambos foram mortos a tiros no meio da rua. Eles
estavam em um carrinho de lanches quando foram surpreendidos pelos assassinos.
Outros três homens foram
executados na Zona Norte de Natal: Marcelo Alexandre da Silva, de 37 anos
(morto no bairro Lagoa Azul), Adriano Silva dos Santos, de 27 (morto a tiros
dentro de casa em Igapó), e Anderson Bezerra Fernandes, 24 (assassinado no
Parque das Dunas).
'Locomotiva de violência e
morte'
Especialista em segurança
pública e um dos coordenadores do OBVIO, Ivênio Hermes diz que considera os
números “estarrecedores”, tendo em vista o curto período de tempo. “Quem vive
no RN parece estar numa locomotiva de violência e morte, cuja letalidade está
em alta velocidade, ceifando antecipadamente vidas e chegando à casa dos 500
homicídios em 2017", disse.
Em 2016, apenas no dia 6 de
abril o OBVIO contabilizou mais de 500 mortes no RN. "2016, ano
considerado o mais violento da história do RN, já começa a perder para 2017”,
afirmou.
Também nesta terça, um sargento
da Polícia Militar foi morto a tiros na rua Cícero Pinto, no bairro Lagoa Nova,
na Zona Sul de Natal. Segundo a própria PM, o crime aconteceu em frente a um
mercadinho que havia acabado de ser assaltado. A arma do sargento foi levada.
Este é o 6º policial militar assassinado este ano no Rio Grande do Norte.
O número de homens que já
foram mortos em 2017 é de 483; o de mulheres, 18. E há o caso de dois corpos
que ainda não foi possível identificar o sexo. A arma de fogo foi o instrumento
mais utilizado pelos criminosos: 426 pessoas foram mortas assim. Outras 56
foram assassinadas por arma branca, 7 por objetos cortantes, 8 por espancamento
e 3 por asfixia.
Ainda de acordo com os dados
do Observatório, a maioria dos assassinatos registrados aconteceu na capital.
Veja os números:
Natal: 135
Parnamirim: 38
Ceará-Mirim: 37
Nísia Floresta: 30
Macaíba: 19
São Gonçalo do Amarante: 17
Extremoz: 13
São José de Mipibu: 9
Maxaranguape: 3
Monte Alegre: 3
Vera Cruz: 3
G1RN
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