Países afetados pelos hackers –
(Foto: Reprodução/El País/Malware Tech)
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Diferentes empresas em todo o
mundo registraram nesta sexta-feira ataques de hackers. Os equipamentos de
informática infectados com um vírus do tipo “ransomware“, que bloqueia os
arquivos até o pagamento de um resgate. Há registro de computadores infectados
em Espanha, Taiwan, Rússia, Portugal, Ucrânia, Turquia e Reino Unido, além do
Brasil, segundo informaram as companhias de segurança cibernética 21sec e
Check-point ao jornal "El País". No Reino Unido, o vírus fez entrar
em colapso o Serviço Nacional de Saúde. Costin Raiu, diretor de pesquisa global
e equipe de análise da Kaspersky Lab, uma empresa de segurança de computadores,
publicou nas redes sociais que houve mais de 45.000 ataques em 74 países.
O “ransomware“ é um pequeno
programa informático, que se oculta em um arquivo de aparência inofensiva. Uma
vez infectado, o usuário não pode ter acesso a seus arquivos enquanto não for
pago um resgate. O valor do resgate aumenta à medida que o tempo passa.
Eusebio Nieva, diretor técnico
da Check-Point em Espanha e Portugal, o “ramsonware" é mais frequentemente
usado para atacar grandes empresas. Segundo o jornal "El País", ele
ressaltou, porém, que o pagamento de um resgate não é garantia de que você pode
recuperar a informação codificada pelo vírus. De acordo com o especialista,
"a possibilidade é entre 30% e 40%".
O governo espanhol divulgou
comunicado em que aponta o ciberataque em várias empresas do país, entre elas a
gigante das telecomunicações Telefónica. O Serviço Nacional de Saúde (NHS) do
Reino Unido também informou que está respondendo a um ataque cibernético, que
hospitais ao redor do país disseram ter causado o cancelamento de consultas e
atendimentos.
Na Espanha, o ministério da
Energia confirmou que “o ataque afetou pontualmente equipamentos de informática
de trabalhadores de várias empresas”. “O ataque afetou pontualmente
equipamentos informáticos de trabalhadores de várias companhias. Portanto, não
afetou nem a prestação de serviços, nem a operação das redes, nem ao usuário
desses serviços”, afirmou o ministério em um comunicado publicado em Madri. “O
ciberataque não compromete a segurança dos dados nem se trata de um vazamento
de dados”, insistiu o ministério da Energia, que também se encarrega das
questões digitais.
O Centro Criptológico Nacional
(CCN), a divisão dos serviços de inteligência encarregada da segurança das
tecnologias da informação, assegurou que se trata de “um ataque em massa de
ramsomware”, que afeta os “sistemas Windows cifrando todos seus arquivos e os
das unidades de rede que estejam conectados”.
No Reino Unido, o ataque
provocou o cancelamento de consultas e atendimentos. “Estamos cientes de um
incidente de cibersegurança e estamos trabalhando em uma resposta”, disse um
porta-voz da NHS Digital, a divisão do NHS responsável por questões de
tecnologia.
“É um vírus. Estamos esperando
para ver as implicações. O vírus afetou centenas de computadores na sede
central”, afirmou à AFP uma fonte da Telefónica que pediu anonimato e destacou
que o serviço aos usuários não foi alterado.
O Globo
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