A Polícia Federal detalhou
como funciona o esquema que levou Henrique Eduardo Alves a ser preso na manhã
desta terça-feira, 6. De acordo com os investigadores, o ex-ministro do Turismo
do Governo de Michel Temer e o também ex-deputado federal Eduardo Cunha
mantinham ligações ilícitas com as empreiteiras OAS e Odebrecht. Ambos são
ex-presidentes da Câmara Federal.
Os investigadores afirmam que
Alves e Cunha negociavam contrapartidas com as empresas. Os ex-deputados
ajudavam na liberação de recursos para a construção de grandes obras e as
empreiteiras, em troca, faziam doações às campanhas eleitorais. O potiguar
concorreu ao Governo do Estado. Já Cunha foi eleito deputado federal pelo Rio
de Janeiro.
Os recursos para as
empreiteiras foram conquistados pelos políticos através do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Em Natal, a OAS teria recebido
financiamento para construir a Arena das Dunas. No Rio, a Odebrecht se
beneficiou na privatização do aeroporto do Galeão.
De acordo com os
investigadores, o dinheiro retribuído aos políticos como doações eleitorais
também foi usado para fins pessoais.
Outra empresa investigada é a
Prátika Locações e Eventos, empresa do atual secretário de Obras de Natal, Fred
Queiroz. Ele também foi preso nesta terça. Às vésperas da eleição de 2014, o
empresário teria sacado R$ 2 milhões. No total, de acordo com a Polícia
Federal, R$ 24 milhões foram sacados durante aquela corrida eleitoral.
Henrique Alves vai ser
indiciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele, Fred Queiroz e
outros três que tiveram prisão preventiva decretada, mas que não tiveram os
nomes revelados pela PF, vão ser encaminhados ao sistema prisional do Rio
Grande do Norte.
G1RN
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