As obras de reparo na pista e
o remanejamento de voos do aeroporto internacional Aluizio Alves, em São
Gonçalo do Amarante, foram discutidas em reunião da Câmara Empresarial do
Turismo da Fecomércio RN nesta quarta-feira (14), na sede da Federação. A
convite do presidente Marcelo Queiroz o superintendente da Inframerica
(concessionária do aeroporto), Ibernon Gomes Martins, apresentou os detalhes de
como será a logística operacional durante as obras.
Entre os dia 11 de setembro e
10 de outubro, começam as intervenções na pista principal do aeroporto
potiguar. Neste período, o aeroporto só irá operar das 5h30 às 17h30, e com a
sua pista auxiliar mas que, segundo Martins, tem as mesmas medidas da pista
principal.
“Passamos um ano estudando,
montamos quatro cenários e esse é o de menor impacto. Escolhemos setembro, pós
feriado, por ter uma baixa movimentação histórica, baixo índice pluviométrico.
Tudo isso foi discutido com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgãos públicos e as
companhias aéreas, que já ajustaram as malhas e reprogramaram os voos. É uma
obra de média complexidade, com investimento próprio”, declarou Martins.
O debate ficou mais acirrado
quando Martins apresentou dados que embasariam a tese de que as obras não irão
afetar de forma significativa as operações do aeroporto. Segundo a Inframerica,
a perda de voos será de 7% no período. “Em dois anos de operação, percebemos o
problema. Não tínhamos responsabilidade na pista durante a construção do
aeroporto. Essa é uma ação preventiva na recuperação na pista de pouso e
decolagem. A pista é segura e atende os requisitos de segurança operacional das
normas internacionais de aviação”, reforçou.
Os números foram contestados
pelo presidente da ABIH RN, José Odécio, e pelo presidente da Abav RN, Abdon
Gosson. “A Inframérica está deixando de considerar algo fundamental que é o
número de passageiros. Pelas contas que fizemos, iremos deixar de receber cerca
de 7,2 mil passageiros por semana durante este período, são quase 30 mil
passageiros a menos em um mês, com impactos profundos na atividade turística
como um todo”, afirmou José Odécio, que também registrou o que, segundo ele, é
uma falta de aproximação da Inframérica com a classe empresarial turística do
RN. “Tenho certeza de que, se tivéssemos conversado antes, há um ano, teríamos
grandes chances de encontrar uma solução menos traumática para a realização
destes reparos”, afirmou ele.
O coordenador da Câmara
Empresarial do Turismo da Fecomércio, George Gosson, reiterou o pedido de
aproximação da classe turística com a empresa que administra o aeroporto do
estado. “Temos o interesse comum de impulsionar o turismo, no qual todos
ganham. Nosso papel é cobrar transparência, aumentar e alinhar o diálogo, além de confiar no trabalho que cada um
desenvolve”, disse ele.
O presidente da Fecomércio,
Marcelo Queiroz, pediu que a Inframerica refizesse as contas e apresentasse, o
quanto antes, os dados reais deste impacto. “Nós estamos à disposição para
ajudar no que for possível no sentido de reduzir ao mínimo os prejuízos que o
turismo potiguar certamente terá com estas obras e as mudanças no funcionamento
do aeroporto”, afirmou Queiroz.
O superintendente da
Inframerica se comprometeu a rever os números e passar a manter um contato mais
direto com a Fecomércio e com as entidades ligadas ao turismo do RN.
Fecomércio RN
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