Dois acusados da morte do
radialista Francisco Gomes de Medeiros, o ‘F. Gomes’, assassinado a tiros em 18
de outubro de 2010 na cidade de Caicó, na região Seridó potiguar, devem ser
julgados nesta quarta-feira (26). O júri ocorre em Natal, e está marcado para
as 8h.
O ex-pastor evangélico Gilson
Neudo Soares do Amaral e o comerciante Lailson Lopes, mais conhecido como
'Gordo da Rodoviária', são acusados de planejar a morte do radialista
caicoense.
O júri popular unificado dos
dois réus foi adiado duas vezes. Ele já havia sido marcado para o dia 5 de
julho e, depois, para 19 de julho.
De acordo com o Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte, o último adiamento foi decorrente de uma
solicitação da defesa de Lailson Lopes. Um advogado do réu comunicou ao TJRN da
impossibilidade de participar do júri "em razão de possuir outras
audiências na mesma data que foram anteriormente marcadas".
Segundo a assessoria do TJ,
não houve nova alteração na data e o julgamento está confirmado.
O crime
Francisco Gomes de Medeiros
tinha 46 anos e trabalhava na rádio Caicó AM. Ele foi assassinado na noite de
18 de outubro de 2010, deixando mulher e três filhos. O radialista foi atingido
por três tiros de revólver na calçada de casa, na rua Professor Viana, no
bairro Paraíba, em Caicó. Vizinhos ainda o socorreram ao hospital da cidade,
mas o radialista não resistiu aos ferimentos.
Consórcio
Segundo o Ministério Público,
os acusados de participação na morte de F. Gomes fazem parte de um 'consórcio'
de pessoas que se uniram com um propósito: eliminar o comunicador. Inicialmente
foram denunciados o mototaxista João Francisco dos Santos, mais conhecido como
'Dão', o comerciante Lailson Lopes, o ex-pastor Gilson Neudo, o advogado
Rivaldo Dantas de Farias, o tenente-coronel da PM Marcos Antônio de Jesus
Moreira e o soldado da PM Evandro Medeiros. Estes dois últimos não foram
pronunciados e, consequentemente, acabaram excluídos do processo.
Rivaldo Dantas
Também denunciado como
mandante do crime, o advogado Rivaldo Dantas de Farias foi igualmente
sentenciado a ir para o banco dos réus, mas aguarda em liberdade a Justiça
definir uma data para o júri popular.
Dão
O mototaxista João Francisco
dos Santos, mais conhecido como 'Dão', admitiu ter puxado o gatilho. Como autor
material do crime, ele foi condenado a 27 de prisão em regime fechado. O
julgamento aconteceu no dia 6 de agosto de 2013. A defesa dele não recorreu da
decisão. Depois de passar por várias unidades, ele atualmente cumpre pena no
Presídio Federal de Mossoró, na região Oeste do estado.
G1RN
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