Em coletiva na tarde desta
sexta-feira (28) no Rio, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, diz que o decreto
de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), publicado no Diário Oficial da União, vai
permitir a mobilização de 8,5 mil homens das Forças Armadas, 620 da Força
Nacional, 380 da PRF, mais 740 locais - mais de 10 mil efetivos a serem
empregados nas ações.
O ministro da Defesa disse
ainda que não descarta que as tropas façam patrulhamento nas ruas. Segundo ele,
a inteligência vai dizer se isso é necessário. O chamado "cardápio de
ações", segundo Jungmann, é toda e qualquer ação que seja necessária para
golpear e tirar a capacidade do crime organizado.
Jungmann também disse que o
decreto permite ações em todo o estado do Rio - apesar do foco do plano de
segurança ser a Região Metropolitana, eventualmente as operações poderão
abranger outras áreas.
Pelo decreto publicado nesta
sexta-feira no Diário Oficial da União, a operação vai até 31 de dezembro,
devido a questões administrativas, mas Jungmann assegurou que a GLO será
mantida até o fim de 2018. "O decreto fixa o prazo por exigência da lei
orçamentária, mas as ações não serão interrompidas na virada de ano",
disse o ministro.
Ministro da Defesa fala sobre
ações de curto prazo
O ministro da Justiça,
Torquato Jardim, diz que está havendo o estrangulamento e inibição máxima
possível dos operadores dos atos ilícitos. Torquato acrescenta que a segurança
pública é uma responsabilidade compartilhada entre União, estados e municípios,
por isso a operação.
Tanto Jungmann quanto Jardim
frisaram que a inteligência dará a base para todas as ações. "As Forças
Armadas vão atuar sob demanda, segundo as informações que forem levantadas pela
Secretaria de Segurança", disse o ministro da Defesa.
O general Mauro Sinott,
comandante da operação afirmou que todas as estruturas disponíveis para a
segurança pública nos três níveis de governo serão integradas, para obter o
máximo de sinergia. Sinott acrescentou que a Região Metropolitana foi dividida
em quatro áreas - Baixada Fluminense, Niterói/São Gonçalo, Centro/sul e
Norte/Oeste da capital - nas quais uma unidade das Forças Armadas atuará em
conjunto com o respectivo Comando de Policiamento de Área (CPA), visando a
integração de todas as estruturas para obter máxima eficiência com economia de
recursos.
As tropas começaram a circular
na Região Metropolitana na tarde desta sexta. Os militares faziam uma blitz no
Arco Metropolitano e também circulavam na Ilha do Governador, na Zona Norte,
além das cidades de Niterói e São Gonçalo.
Segundo Jungmann, em um
primeiro momento a operação integra diversas forças, espalhadas em uma grande
área para fazer um reconhecimento. Após isso, elas sairão e ficarão disponíveis
para a segunda operação, não necessariamente igual, e outras em seguida.
"Sempre com um objetivo: golpear o crime organizado e retirar sua
capacidade operacional."
O ministro da Defesa falou
também sobre a questão das fronteiras. Ele diz que acha importante a criação de
uma autoridade sul americana de segurança. "Nós não vamos resolver o
problema do crime só no território brasileiro". Jungmann acrescentou que
há duas operações em vigor nas fronteiras, para combater o tráfico.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente