As visitas íntimas e sociais
são as brechas utilizadas pelos chefes das facções criminosas para burlar a
vigilância do sistema penitenciário federal, o mais rigoroso do país. Por isso,
o contato físico entre presos e familiares deve ser proibido de maneira
definitiva. É o que defende, em entrevista ao UOL, Carlos Augusto Machado,
presidente do sindicato dos agentes penitenciários federais no Paraná.
No Estado que abriga o
presídio federal de Catanduvas (PR), dois servidores foram assassinados a
tiros. Os homicídios aconteceram na cidade de Cascavel (PR) em setembro de 2016
e maio deste ano. Outro funcionário da prisão de Mossoró (RN) foi morto em
abril deste ano.
As mortes foram ordenadas por
um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital), de acordo com investigações
da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, com o objetivo de intimidar
e desestabilizar servidores destas unidades prisionais. As ordens foram
repassadas em visitas íntimas a presos.
"Se as visitas íntimas e
sociais não forem definitivamente proibidas, não há motivo para a existência do
sistema penitenciário federal", afirma Machado. "O principal objetivo
da construção dos presídios federais ainda não foi alcançado: a quebra da
cadeia de comando das facções criminosas."
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