O Jornal Nacional da Rede
Globo teve acesso ao conteúdo da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
que autorizou a Operação Anteros, tendo como alvo o governador do Rio Grande do
Norte Robinson Faria (PSD). Chama a atenção, segundo a reportagem, a acusação
feita pela ex-procuradora da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês Reinaldo,
de que Robinson recebia R$ 100 mil por mês, fruto do esquema de desvio de
recursos através de funcionários fantasmas da ALRN.
Na delação premiada, Rita
contou ao Ministério Público Federal como era feito o desvio de dinheiro,
afirmando que os salários dos fantasmas eram descontados na agência bancárias
localizada dentro da Assembleia e que o dinheiro era dividido com as pessoas
envolvidas.
Segundo apurou a reportagem, a
ex-procuradora contou que Robinson recebeu a “mesada” de R$ 100 mil entre 2006
e 2010, ano em que ele concluiu o mandato de deputado estadual para assumir o
cargo de vice-governador do Rio Grande do Norte.
Um filho de Rita das Mercês,
que colaborou com o Ministério Público Federal, contou que o governador tentou
prejudicar as investigações comprando o silêncio de sua mãe. A ex-procuradora
recebia R$ 5 mil por mês, enviado pelo governador através do assessor Adelson
Reis. O dinheiro era entregue em espécie, sempre em lugar previamente marcado,
como shopping e até no estacionamento do Centro Administrativo em Natal.
Adelson Reis foi preso na
Operação Anteros, detonada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira
(15). A assessora do governador e vista como pessoa da extrema confiança,
Magaly Cristina, também foi presa.
DeFato
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