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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Governo começa a retaliar infiéis da base

Presidente Michel Temer faz pronunciamento, no Palácio do Planalto após a Câmara dos Deputados arquivar processo de corrupção contra ele. - Jorge William / Agência O Globo
Dois dias após a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo exonerou, nesta sexta-feira, um apadrinhado do PR, partido da base aliada e que fechou questão a favor do presidente - decisão partidária que obriga parlamentares a votarem conforme posicionamento da legenda, sob pena de sanção ou expulsão em caso de descumprimento.

A punição atingiu um aliado do deputado Jorginho Mello (SC), que desrespeitou a posição da legenda e votou contra Temer no plenário da Câmara. Vissilar Pretto, o apadrinhado de Mello exonerado, ocupava o cargo de superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Santa Catarina. 

O PR comanda toda a estrutura do Ministério dos Transportes, sob a batuta do ministro Maurício Quintella Lessa. Sob o guarda-chuva dos Transportes há diversos postos considerados atraentes pelos deputados e que são controlados pela legenda - além do Dnit, responsável pela maior parte do orçamento da pasta, postos de comando como a Infraero.

No Palácio do Planalto, aliados do presidente afirmaram que Jorginho Mello "exagerou na sentença", já que desrespeitou a posição do PR e ainda fez um breve discurso para embasar o seu voto contrário ao presidente. A pressão para trocar Vissilar Pretto veio da própria legenda. Segundo governistas, esse será o modus operandi de Temer: promover trocas em comum acordo com os partidos da base, tudo para evitar descontentamentos e perda de apoios.

Apesar dos primeiros sinais de retaliação, o governo garante que as represálias vão ocorrer aos poucos e serão analisadas junto aos partidos que já detêm o comando dos cargos. O discurso no governo é de que os ministros estão mapeando os cargos, mas que as trocas vão ocorrer a pedido dos partidos. De olho na reforma da Previdência, Temer sabe que não pode perder apoios, por isso a ação cautelosa por parte do Planalto:

— Vamos retomar as votações, e você não faz votações diminuindo a base. Não podemos perder apoios - afirmou uma pessoa próxima ao presidente.

Os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) são os responsáveis por mapear os cargos de segundo e terceiro escalão para levar a Temer. O presidente, segundo aliados, não está cuidando da negociação no "varejo", mas monitora as movimentações. Temer tem ouvido também pessoalmente reclamações pontuais de partidos, que encaminha aos ministros.

— Os ministros estão mapeando os cargos, mas sem "varejinho" por parte do Temer. A pressão vem dos partidos da base e nós vamos tentar atendê-los aos poucos - disse um assessor do Palácio.

O Globo

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