O que motivou a entrevista com
o novo comandante, o quarto a assumir os rumos da PM desde o início do governo
Robinson Faria, não poderia ser outro: a violência desenfreada que há anos
amedronta os potiguares. "Isso vai mudar. Não é de uma hora para a outra.
É preciso muito trabalho, inteligência, recursos humanos e materiais, além de
perseverança e comprometimento", ressaltou o comandante.
Ainda de acordo com o coronel
Osmar, apresentar os resultados é a melhor forma de demonstrar que o esforço
está sendo feito. "Uma das razões para a sensação de insegurança que
sentimos são os crimes contra o patrimônio, que é quando os nossos pertences
são tomados. Os arrastões a estabelecimentos comerciais e residências são
exemplos disso. Pois bem, se compararmos os nove primeiros meses de 2016 com os
nove primeiros meses deste ano, veremos que houve uma redução considerável
deste tipo de crime. Estou falando de uma queda de 17%", afirmou. "Em
2016, de janeiro a setembro, foram registrados 11.710 CVPs, os chamados Crimes
Violentos Contra o Patrimônio. Já este ano, no mesmo período, foram
9.755", acrescentou.
Outro tipo de crime bastante
comum no Rio Grande do Norte, e que costuma tirar o sono de muita gente – às
vezes causando transtornos a uma cidade inteira – são os ataques a caixas
eletrônicos. "Em 2015, foram 76 assaltos, explosões e/ou arrombamentos em
unidades bancárias em nosso estado. Em 2016, este número caiu para 64. Agora em
2017, a três meses do fim do ano, foram 50 casos. Estes números são exemplos
que de que estamos trabalhando", ressaltou Osmar.
Concurso
Para o comandante, está claro
que os resultados do combate à criminalidade ainda não são os ideais e que eles
podem melhorar. "Mas, para isso, é preciso trabalhar ainda mais. E com
mais gente", enfatizou. "Estamos realizando muitas operações
integradas. Estamos fazendo muitas ações conjuntas de ostensividade. E esse
trabalho em parceria com outros órgãos de segurança pública são essenciais.
Contudo, precisamos crescer o nosso contingente. E ele vai aumentar. O
governador já autorizou a realização de um concurso público. Em breve, teremos
1.000 novos soldados nas ruas", celebrou.
Com o concurso, que ainda
aguarda publicação de edital, o coronel explicou que o déficit vai diminuir.
"Atualmente, somos aproximadamente 8 mil policiais militares, entre homens
e mulheres. O ideal, seria que fóssemos 13 mil. Por isso precisamos de mais.
Sabemos disso. O governador também sabe disso. Mas, já estamos dando o primeiro
passo", celebrou.
Operações
Por fim, o comandante geral
fez questão de enumerar ações que vem a PM vem desenvolvendo e que estão
colaborando com o combate à violência.
- Madrugada Segura (coibir ações delituosas em terminais de atendimentos bancários e combate ao tráfico de drogas);
- Alvorada (operação realizada sempre nas primeiras horas do dia objetivando a proteção das pessoas que se deslocam ao trabalho);
- Corredores Seguros (garantir a segurança em vias se maior fluxo de pessoas e veículos);
- Operações integradas (ações de polícia com outros órgãos de segurança pública e Ministério Público);
- Operação Saturação (ação baseada em dados de mancha criminal, objetivando diminuir índices criminais).
G1RN
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