O Brasil ultrapassou a Rússia
em 2015 e agora abriga a terceira maior população prisional do mundo, segundo
dados divulgados nesta sexta (8) pelo Ministério da Justiça. No Rio Grande do
Norte, o número de presos é o dobro do número de vagas, com estas apresentando
um deficit de 2.969.
A população prisional no RN
era de 8.809 presos quando os dados foram coletados.
Eram 699 mil brasileiros
presos em 2015, contra 642 mil russos. Só perdemos para os Estados Unidos (2,1
milhões) e a China (1,6 milhão).
Também temos a terceira maior
taxa de encarceramento por 100 mil habitantes (342) desde 2000, quando
ultrapassamos os chineses (119). O índice é mais baixo apenas que o dos
americanos (698) e da Rússia (445), mas é o único que está em crescimento
contínuo desde 1995.
Os dados são do Infopen
(Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias), que é feito pelo Depen
(Departamento Penitenciário Nacional) desde 2004. A coleta é realizada por meio
de um formulário digital, preenchido pelos gestores de todos os estabelecimentos
prisionais dos Estados brasileiros.
O censo de dezembro de 2014
era o mais atual até esta sexta, quando o órgão lançou as informações de
dezembro de 2015 e junho de 2016, colhidas de maneira simultânea no ano
passado.
MAIS SUPERLOTAÇÃO
O levantamento mais recente
indica que o número de vagas no sistema prisional brasileiro diminuiu, na
contramão da população carcerária, que só cresce. Foram registradas 3.152 vagas
a menos (queda de 0,8%) e 28.094 presos a mais (alta de 4%) no primeiro semestre
de 2016, com relação ao fim de 2015.
Com isso, a taxa de ocupação
nas prisões saltou de 188% para 197% no período, ou seja, há dois presos para
cada vaga em presídios no Brasil. Na prática, nove em cada dez detentos vivem
em unidades superlotadas.
Agência Brasil
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