Segundo a psicóloga, muitas pessoas parecem entrar em pânico e
experimentam uma sensação de perda quando esquecem o celular em casa. “Quando
não estão em contato constante com as redes sociais, sentem-se por fora do que
está acontecendo”, salienta.
Alguns sinais podem ser identificados em pessoas com dificuldades em
controlar o uso saudável da tecnologia. São exemplos: a preocupação constante
com relação ao que está acontecendo na rede, mentir sobre a quantidade de horas
que passa na internet, exceder o tempo que se programou para ficar conectado,
reduzir o rendimento escolar ou qualidade laboral devido ao uso do celular,
internet ou jogos eletrônicos. Sintomas como irritabilidade, depressão e
instabilidade emocional também podem ser identificado nessas pessoas.
A psicóloga também informa que, dependendo do grau do uso e dos prejuízos
que causados na vida diária do sujeito, é fundamental buscar ajuda de um
profissional especializado, assim como em qualquer outro tipo de vício. “Os
critérios de diagnóstico para dependência tecnológica deriva do diagnóstico do
uso abusivo de álcool e drogas”, garante.
De acordo com o ortopedista,
Marcelo Coimbra, o uso excessivo de smartphones pode ocasionar em prejuízos a
dois músculos do corpo. Ele explica que o principal dano acontece nos dedos
polegar e indicador e que é causado pela digitação. “Tenossinovites
problemáticas no primeiro e no segundo dedo podem se desenvolver”, afirma. Essa
é uma Lesão por Esforço Repetitivo (LER) que consiste na inflamação do tendão e
da membrana sinovial.
O ortopedista também comenta
que a postura que as pessoas costumam ficar quando estão usando o celular é
errada. Isso pode causar a cervicalgia, uma dor na musculatura do pescoço. Essa
lesão ainda pode evoluir para uma cervicobraquialgia, que é a compressão do
músculo do pescoço e do nervo que vai para o braço. “A posição ideal para ficar
quando está lendo ou digitando celular é com apenas 45º de flexão do pescoço e,
se preciso, abaixar a vista. Também é ideal que o equipamento fique a uma
distância de pelo menos 30 cm de distância”, ensina.
O tratamento dessas lesões configura-se na imobilização, aliada ao uso de
relaxantes musculares e anti-inflamatórios. Além disso, é preciso voltar a
postura correta, fazer fisioterapia e, no caso de tenossinovite, diminuir a
digitação.
O Globo
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