Um massacre deixou mortos e feridos em uma festa no
Bairro Cajazeiras, em Fortaleza, na madrugada deste sábado (27). Um policial
civil que estava no local disse que o total de mortos chega a 18. Moradores
falam em 14 mortos. A Secretaria de Segurança Pública não divulgou um número
oficial de vítimas. O caso segue em investigação.
Seis pessoas estão internadas no hospital Instituto José
Frota (IJF), entre elas, um menino de 12 anos. Uma jovem de 19 anos, outros
três adolescentes de 16 anos - sendo duas jovens -, e um de rapaz de 24 anos
estão internados ''sem risco de morte iminente'', segundo o hospital.
A suspeita inicial da polícia é que membros de uma facção
criminosa estavam na danceteria "Forró do Gago", próximo à BR-116,
por volta da 1h30, quando vários homens armados chegaram em três carros,
invadiram o local e dispararam tiros. Ainda não há informações sobre a
motivação do crime, a identidade das vítimas ou se algum suspeito foi preso.
O Instituto Doutor José Frota (IJF), maior hospital de
urgência e emergência de Fortaleza, recebeu seis pessoas feridas, todas
baleadas. Cinco deles estão internados e não há detalhes sobre o estado de
saúde. O sexto tem estado grave de saúde e está na sala de reanimação do IJF.
Fotos da chacina compartilhadas em redes sociais mostram
12 cadáveres no local da festa, a maioria de mulheres. O número não é
confirmado pelas autoridades, que ainda investigam. "Foi uma cena brutal,
um massacre, nunca havia ocorrido algo parecido [no Ceará]", disse o
policial.
Em dezembro de 2017, ano em que o Ceará teve um recorde
no número de homicídios, o governador do Ceará, Camilo Santana, havia dito que
82% dos homicídios ocorrem em consequência do conflito entre facções que
disputam territórios de tráfico de drogas.
Relato de sobrevivente
"Está muito horrível, muito horrível mesmo, muita
gente baleada no chão", disse um sobrevivente, em mensagem compartilhada
em rede social. A PM confirmou que se trata do texto de uma testemunha que
pediu para não ter o nome divulgado.
"Algumas testemunhas falam em dezenas de pessoas
chegando e atirando, sem dar chance de defesa; outras falam que eram um grupo
de 15 bandidos, em três carros, fortemente armados", relato o PM.
Conforme um policial militar relatou ao G1, há marcas de
tiros em várias paredes da casa de shows e em veículos que estavam estacionados
próximos ao local.
Busca pelos suspeitos
O PM ouvido pelo G1 afirmou também que os policiais
realizam uma força-tarefa momentos após o crime em busca dos autores. Um
helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) sobrevoa a
região.
O policial afirmou que não pode informar detalhes sobre
as buscas ou eventual identidade dos suspeitos. Também não há confirmação se
algum suspeito foi preso até a madrugada deste sábado.
G1
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