O MDB orientou seus deputados
estaduais a votar nos projetos enviados pelo governador Robinson Faria (PSD) à
Assembleia Legislativa. Foi o que disse o presidente estadual da legenda,
senador Garibaldi Filho. A orientação, contudo, não quer dizer que o partido
fechou questão. Segundo Garibaldi, vai da consciência de cada parlamentar. A
opinião do senador é de que é preciso unir forças para tirar o Rio Grande do
Norte da crise financeira. E, para isso, frisou que é preciso a união de todos
os políticos. A opinião do senador foi externada ontem em Tibau, onde esteve em
reunião com líderes na casa de praia da presidente da Câmara Municipal de
Mossoró, vereadora Izabel Montenegro (MDB). “Estou aqui atendendo convite de
Izabel e acredito que vocês vão acreditar que vamos conversar sobre política
mesmo”, disse.
Garibaldi Filho frisou que os
políticos devem se unir, mas existe clamor popular exatamente sobre a falta de
liderança capaz de tirar o RN da crise. Para ele, não se pode ocultar isso, até
porque as pesquisas indicam que 50% dos eleitores dizem que não votariam em
ninguém. “É uma exclamação que está traduzida nas pesquisas. E outros dizem,
acredito que seja a indecisão, mas o que preocupa mais é a parcela primeira do
eleitorado. Mas acho que temos condições de dizer ao eleitor que política não
se faz sem políticos. Vamos ter, claro, aqueles que virão para ingressar na
política de que se constituem o novo na política. E vamos procurar incorporar,
também, sendo o novo, porque sabemos que há um caminho aberto para esse discurso”,
analisou.
Mas a questão é do pacote
fiscal enviado pelo governador Robinson Faria à Assembleia Legislativa e que
tramita naquela Casa depois que os deputados estaduais decidiram que os
projetos deveriam passar pelas comissões. E sobre esse fator, dos projetos em si,
o senador comentou afirmação feita por Robinson Faria, de que a crise não seria
culpa dele (de Robinson), e sim de ex-gestores. Para Garibaldi, o governador
quer dizer que os problemas que ele encontrou não foram enfrentados antes de
ele ser governador. “Acho que governante nenhum que se colocar diante de um
problema como esse, nosso do RN, teria que ser enfrentado no primeiro dia de
administração. Olhar o retrovisor, tudo bem... Dizer à população que o Governo
começará agora, mas se o problema persiste, tem que ser enfrentado, Mas isso
não deve levar à omissão de dizer que o ideal mesmo era que ele tivesse
encaminhado essa série de medidas do que estão chamando de pacote.”
O senador disse que a união
dos políticos é para enfrentar o desafio que se vivencia agora. Quando chegar à
eleição, é cada um com seu discurso. “Neste momento, é para estar unido. Até
para enfrentar o discurso de que tem político torcendo contra o êxito do
governador. Agora estamos preocupados com o Estado. Do RN enfrentar o desafio do
presente. O MDB orientou os partidos. Eu mesmo tive conversas com nossos
deputados. Agora nós não fechamos questão. Acredito que os deputados vão
compreender que as medidas são duras, realmente cota de sacrifício em alguns
casos, mas que isso precisa ser enfrentado. Foi isso que dissemos aos nossos
deputados.”
Edilson Damasceno/JORNAL DE
FATO
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