Em julho de 2015, o Google foi
alvo de críticas depois que seu sistema de reconhecimento de imagens confundiu
pessoas negras com gorilas. Três anos depois, a empresa revelou sua solução
para o problema, que também tem sido criticada.
Tudo começou quando o
programador Jacky Alciné postou no Twitter o momento em que o Google Fotos
confundiu seus amigos negros com gorilas. A Wired descobriu que a solução do
Google para inpedir que isso volte a acontecer foi, simplesmente, bloquear de
uma vez o reconhecimento de imagens de macacos e chimpanzés.
A equipe da publicação fez o
upload de centenas de fotos de espécies diferentes de primatas ao serviço do
Google como experimento. O aplicativo conseguiu reconhecer imagens de babuínos,
gibões e saguis, mas gorilas e chimpanzés não foram identificados.
Um porta-voz do Google
confirmou à Wired que isso é de propósito. Para evitar novas confusões de teor
racista, em vez de ensinar ao sistema a diferença entre humanos e primatas, o
sistema de reconhecimento de imagens do Google Fotos foi proibido de identificar
imagens contendo chimpanzés e gorilas.
A explicação do Google é de
que essa tecnologia "ainda é recente e, infelizmente, está longe de ser
perfeita". Foi a mesma resposta que um porta-voz da empresa compartilhou
três anos atrás, quando a polêmica começou, dizendo que é difícil ensinar uma
máquina as diferenças que apenas olhos humanos estão acostumados a identificar.
Como explica o The Verge,
ainda não está claro se essa "gambiarra" que o Google fez é uma
solução temporária, ou se a empresa não conseguiu resolver o problema, não quis
ou apenas está sendo exageradamente cautelosa.
Olhar Digital
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