O comandante do Exército
Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, criticou nesta terça-feira, 23, o
emprego de militares em operações como as de Garantia da Lei e da Ordem
realizadas nos últimos meses no Rio Grande do Norte.
Em palestra no “Seminário
Brasil: Imperativo Renascer”, realizado na Escola de Magistratura do Estado do
Rio de Janeiro, Villas Bôas disse acreditar que as Forças Armadas deverão ser
chamadas em breve para atuar no RN.
“Em um ano e meio, fomos
empregados três vezes no Rio Grande do Norte e, nesse tempo, não houve nenhuma
modificação estrutural no sistema de segurança pública daquele estado. E nós
sabemos que logo seremos chamados a intervir novamente”, destacou o comandante.
A última dessas operações
especiais com emprego de homens das Forças Armadas no Rio Grande do Norte
aconteceu na virada do ano. Durante quinze dias, agentes do Exército, da
Marinha e da Aeronáutica patrulharam a Grande Natal e a região de Mossoró. A
operação custou cerca de R$ 12 milhões ao Ministério da Defesa. No período,
foram realizadas 14 mil ações, incluindo o atendimento a 1080 ocorrências. Além
disso, 44 pessoas foram presas e 69 carros, recuperados.
Denominada de Potiguar III, a
ação de Garantia da Lei e da Ordem no RN contou com a participação de 2,8 mil
agentes. Eles foram chamados a atuar no estado em razão da operação “Segurança
com segurança”, uma espécie de greve branca realizada por policiais civis e
militares. Durante 21 dias, os agentes estaduais de segurança não foram às
ruas, sob a justificativa de salários atrasados e más condições de trabalho.
Procurada, a Secretaria
Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) ainda não comentou as
declarações do comandante do Exército. A Polícia Militar também não se
manifestou.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente