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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ministro da Indústria, Marcos Pereira pede demissão a Temer

O governo Michel Temer teve a terceira baixa de ministro em menos de um mês. O comandante do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, deixou a pasta nesta quarta-feira. Segundo fontes, ouvidas pelo GLOBO sob a condição de anonimato, ele enviou uma carta ao presidente da República para solicitar o seu afastamento do cargo por questões pessoais e partidárias. Prometeu, entretanto, que ele e seu partido, o PRB, continuarão comprometidos com as reformas. Marcos Pereira é um dos ministros investigados na Operação Lava-Jato.

“Senhor presidente, agradeço imensamente a confiança e fico lisonjeado pelo convite para continuar no cargo até 31 de dezembro, porém preciso deixar ministério para poder me dedicar a questões pessoais e partidárias”, disse o ministro na carta enviada nesta manhã ao presidente Temer. “Eu e meu partido, PRB, apoiamos as reformas e continuaremos apoiando tudo aquilo que for bom para o país. 

À tarde, o ministro publicou a carta enviada ao presidente Michel Temer em sua página no Facebook. Nela, disse que foi para o governo contra vontade de alguns conselheiros. Disse que a opinião pública era de que um pastor não teria condições de exercer a função, “mas avanço nesse 20 meses de trabalho incansável provaram que o problema do Brasil não é a fé das pessoas públicas, que é de foro íntimo, mas a vontade de cada um para servir realizar”.

Ele fez um apanhado dos seus feitos à frente da pasta. Disse que reposicionou a imagem do Brasil no exterior. Esteve em 15 países em todos os eventos econômicos relevantes. Renovou o acordo bilateral automotivo com Argentina. Criou fórum permanente de discussão com ministros de comércio exterior do Mercosul. E colocou para funcionar o módulo de exportação do portal único do começo exterior. E ainda teve 1.500 audiências com empresários.

“Não há emprego sem empresas fortes, bem tratadas, que possam continuar gerando riquezas. Se o Estado não atrapalhar, já ajuda. E o melhor programa social é o emprego”, disse o ministro, que admite que não conseguiu fazer uma política industrial para o setor automotivo.

“Assumimos o governo falido, despedaçado, com todos os índices econômicos negativos e sem perspectiva de melhora vista. Com coragem, enfrentamos os desafios que foram impostos e hoje podemos observar um país que encontrou curso novamente, apesar das dificuldades políticas”.

O pedido de demissão veio no mesmo dia da divulgação dos dados da balança comercial. Os números foram comemorados pelo ministro.

“A balança comercial bateu dois recorde seguidos em 2016 e 2017 com saldos de US$ 47 bilhões e US$ 67 bilhões, respectivamente”, frisou. “ A indústria está retomando sua capacidade instalada de produzir, gerando novos empregos e novos investimentos”.

O ministro ressaltou que não fez grandes mudanças estruturais na pasta para acomodar aliados. Disse que priorizou os “bravos servidores”.

LAVA-JATO

Marcos Pereira é investigado na Operação Lava-Jato. O dono da JBS, Joesley Batista, disse em sua delação que pagou R$ 6 milhões de propina ao pastor e ao seu partido. O acordo teria sido intermediado por um dos vice-presidentes da Caixa Econômica Federal em troca da liberação de empréstimo no banco.

Num dos áudios entregues à Procuradoria-Geral da República, incluídos na complementação da delação premiada de Joesley, o empresário conversa com o vice-presidente corporativo da Caixa, Antonio Carlos Ferreira, que seria um intermediário do ministro.

— E aquele outro movimento por fora, com o Marcos? — pergunta Ferreira a Joesley, que responde: — Ah, então, ele teve lá, eu fiz mais uma, mais outra. Eu sei, sei, não, eu sei, mas assim, dos seis, faltam 1.800, acho. Eu fiz mais 500, 600, tá faltando, tá faltando três. Com mais três resolve, tá?”

Três dias após a divulgação desse áudio, o ministro Marcos Pereira entrou de férias. Com a demissão, Pereira reassume sua cadeira na Câmara dos Deputados. Segundo pessoas próximas, ele deve tentar se reeleger em outubro.

MINISTÉRIO DO TRABALHO

Temer abriu o ano com uma polêmica envolvendo a vaga de ministro do Trabalho. O ex-presidente José Sarney negou que tenha vetado o nome do deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) para a Pasta, como o próprio parlamentar afirmou. Sarney disse que não foi consultado e que não vetaria um nome do Maranhão.

Nos bastidores, o ex-presidente ficou irritado de ter tido seu nome envolvido na polêmica. Apesar do desmentido, na prática, Sarney continua sendo um dos cacique do PMDB e influente dentro do governo de Michel Temer.

O presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson, se reúne no início da tarde desta quarta-feira com o presidente Michel Temer para definir o nome do partido para o Ministério do Trabalho.

O presidente Michel Temer pediu ao presidente do PTB, Roberto Jefferson, que o partido indique um novo nome para o cargo. No dia 27 de dezembro, Ronaldo Nogueira, do PTB, deixou o ministério, e o comando do partido indicou Fernandes para Temer.

O Globo

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