Levantamento feito em 12
capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 48% dos consumidores
consultados pretendem reduzir os gastos neste começo de ano. O principal motivo
é o nível elevado de preços, justificado por 24% dos entrevistados.
Outra razão apontada foi o
desemprego (18%) e o mesmo percentual argumentou ter apenas interesse em
economizar. Para 16%, essa é uma maneira de enfrentar o endividamento e a
situação financeira difícil.
Na lista de compras para
janeiro destacam-se, além dos produtos essenciais de consumo, roupas, calçados
e acessórios (27%), remédios (17%), recarga para celular (13%), perfumes e
cosméticos (10%) e móveis (8%), entre outros.
O levantamento foi feito em
São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,
Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Goiânia e Manaus na primeira quinzena de
dezembro último, com base em 800 casos usados para compor o Indicador de
Propensão ao Consumo, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito.
A pesquisa mostra que quatro
em cada dez consumidores estavam com as contas em atraso no fim de 2017, o que
equivale a 38% dos casos analisados e 45% declararam que estão no limite dos
ganhos.
Poucos têm sobra no orçamento
Só 13% conseguiram chegar ao
final do ano passado com sobra no orçamento. Entre os que fizeram empréstimos
ou financiamentos, 22% estavam inadimplentes. A pesquisa mostrou ainda que 47%
usaram mais o cartão de crédito em novembro, tendo um gasto médio de R$ 1.035.
Ao mesmo tempo, 30% não alteraram os gastos e 19% disseram que reduziram o
valor do consumo.
O estudo detectou que os
gastos feitos com o cartão de crédíto em sua maioria (66%) foram para adquirir
itens essenciais em supermercados como, por exemplo, alimentos; 51% para
remédios; 36% combustíveis; 33% com bares e restaurantes; 31% recarga de
celular e 15% com gastos diversos.
A economista-chefe do SPC
Brasil, Marcela Kawauti, fez um alerta aos que usaram o 13º salário para
colocar as contas em dia. “Uma vez restaurado o equilíbrio do orçamento, o
consumidor precisa manter o controle dos gastos, estabelecendo prioridades e
fazendo ajustes quando necessário”, disse.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente