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quarta-feira, 28 de março de 2018

Desistência da reeleição teria motivação familiar e eleitoral para Garibaldi Filho

Considerado um dos políticos de mais fácil acesso da imprensa potiguar, o senador Garibaldi Alves Filho, presidente estadual do MDB, está em silêncio, justamente, quando jornais e blogs começam a apontar que ele desistiu de disputar a reeleição para o Senado Federal. Contudo, longe de ser uma decisão já tomada, a desistência é algo que estaria sim sendo cogitada pelo parlamentar, pesando na tomada dessa decisão a questão familiar, a idade e, claro, o aspecto eleitoral.

A questão da idade pesaria pelo desgaste das idas semanas a Brasília e a agenda apertada no Rio Grande do Norte. Além de ser um dos políticos mais frequentes nas sessões do Congresso em Brasília, Garibaldi também tem uma agenda apertada no Estado, presente não só em eventos políticos, mas até em missas e aniversários. E, com isso, familiares também já começam a cobrar uma agenda mais “tranquila” para o senador, de 71 anos. 

A família, inclusive, também pesaria por outro aspecto, ligado mais a questão eleitoral. Desistir da reeleição seria aumentar a competitividade da candidatura do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), primo dele, ao Governo do Estado. Pesquisas recentes apontam que a chapa composta por Garibaldi, Carlos Eduardo e o senador José Agripino (DEM) teria uma rejeição de 70% do eleitorado. E, segundo cientistas políticos, boa parte dessa rejeição seria motivada pela presença de dois “Alves” na chapa.

Além disso, abrir mão de disputar a reeleição para o Senado, sem decidir ir para uma disputa pela Câmara dos Deputados, seria para manter o projeto de reeleição do filho dele, o deputado federal Walter Alves, também do MDB. E decidir ir para a Assembleia Legislativa ajudaria, também, a reeleição de alguns deputados estaduais do próprio partido, pela quantidade de votos que Garibaldi teria na disputa – em 2010, quando se elegeu para o Senado, teve quase 1 milhão de votos.

Há quem aponte, também, que além de todas essas questões, o ponto judicial também estaria pesando na decisão do senador. Hoje, Garibaldi Filho é alvo de uma denúncia no Supremo Tribunal Federal por envolvimento em desvios de recursos da estatal Transpetro e o fato de, na ação, estarem outros caciques do MDB, como Romero Jucá, faria o potiguar está com receio de ser condenado “no bolo” de réus.

E caso deixasse de ser senador e fosse eleito deputado estadual, Garibaldi forçaria o envio do processo para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, onde ele poderia ter mais influência (e o processo teria, também, uma tramitação mais longa pela frente).

SILÊNCIO

A ideia de desistência de Garibaldi Alves Filho teria espaço novamente diante da declaração do prefeito Carlos Eduardo no início da semana, de que o projeto de reeleição do senador não estaria garantido.  “O que eu tenho ouvido do senador Garibaldi e do senador Agripino é que eles não têm candidaturas definitivas a reeleição. Eles podem não ser candidatos. Isso eles têm colocado para mim”, afirmou Carlos Eduardo.

Após a declaração, o senador foi procurado, mas não quis se pronunciar. Nem via assessoria de imprensa, mostrando que se trata de um momento raro na trajetória de Garibaldi, sempre tão solicito com a imprensa. Isso acabou reforçando as notícias repassadas por fontes, de que a dúvida realmente existe na cabeça do senador.

Agora RN

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