O Democratas realiza nesta
quinta-feira, 8, sua convenção nacional tentando passar a ideia de “refundação”
do partido. Para isso, a legenda promoveu alterações que vão desde a eleição de
um novo presidente até a mudança de seu logotipo.
O prefeito de Salvador (BA),
ACM Neto, foi eleito o novo presidente nacional do DEM. Ele substituirá o
senador potiguar Agripino Maia, que comandava a sigla desde março de 2011. A
mudança se deu após Agripino virar réu em dezembro por suspeita de corrupção na
construção da Arena das Dunas.
ACM Neto foi recebido com
gritos de “governador” ao chegar ao auditório da Câmara dos Deputados onde o
partido realiza sua convenção nacional. Neto analisa renunciar ao cargo de
prefeito da capital baiana para concorrer ao governo do Estado nas eleições
deste ano.
A primeira medida de ACM Neto
como presidente será destituir os presidentes das comissões provisórias
estaduais e municipais do partido. Novos dirigentes serão escolhidos nas
próximas semanas. A medida visa acomodar a chegada de novos filiados à legenda.
O logotipo da sigla foi
alterado para um “D em movimento”, como define o líder do partido na Câmara,
deputado Rodrigo Garcia (SP), feito com linhas da cor azul e verde. A imagem
substituirá o antigo logotipo: uma árvore com folhas com as mesmas cores do “D
em movimento”.
Guinada ao centro
Na convenção, o Democratas
também divulgará manifesto no qual apresenta suas prioridades na área econômica
e social. No documento, o partido se define como de “centro democrático”,
abandonando a roupagem de direita que acompanhou a legenda desde que se chamava
de PFL.
“Houve, sem dúvida, nos
últimos anos, uma mudança geracional no Democratas, que veio fazendo com que o
partido refinasse suas ideias. O mundo muda muito rápido, e é natural que
partidos possam também mudar. O partido deve modernizar sua compreensão sobre o
País, sobre a sociedade, sobre a política”, justificou ACM Neto.
No evento, o Democratas deve
oficializar a pré-candidatura à Presidência da República do presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ). O partido não lançava um candidato
desde as eleições de 1989, quando ainda se chamava PFL e lançou Aureliano
Chaves como presidenciável.
Estadão Conteúdo
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