A segunda temporada de
"La Casa de Papel" chegou na sexta-feira (6) ao Brasil tão absurda
e divertida quanto a primeira, lançada no ano passado.
Mas ela não tem o mesmo
impacto de antes. Desta vez, são bem menos reviravoltas e falta a sensualidade
de antes. Com clima bem mais tenso, os personagens parecem mais preocupados em
discutir a relação do que em dar fim ao roubo.
Sobre o que é 'La Casa de
Papel'?
"La Casa de Papel",
produzida pela rede espanhola Antena Tres e com exibição mundial pela Netflix,
narra o plano de oito ladrões para assaltar a Casa da Moeda da Espanha.
Eles se trancam com reféns no
prédio em Madri na tentativa de fabricarem seu próprio dinheiro no "maior
roubo da história".
No Brasil, o seriado se tornou
popular rapidamente: a trilha ficou entre as mais ouvidas do Spotify e a série
ganhou vaga na lista de séries mais vistas do Netflix no Brasil.
Celebridades como Marília
Mendonça e Carla Diaz se fantasiaram dos personagens da série. "La Casa de
Papel" virou tema de festas, camisas, cartazes e discussões na fila do
restaurante da firma.
A série é criada por Álex
Pina. Ele começou a carreira como roteirista da versão espanhola do
"CQC" ("Caiga quien Caiga", na Espanha), programa com
versão brasileira exibida pela Band.
Discutindo a relação... até
demais
Em grande parte desta segunda
temporada, a série foca mais nas relações entre os personagens, especialmente
no casal protagonista formado pela inspetora Raquel (Itziar Ituño) e o
Professor (Álvaro Morte), chefe da quadrilha. Quem curtiu o ritmo frenético e
as reviravoltas da primeira temporada pode usar a tecla ">>"
sem hesitar.
Algumas cenas deliciosamente
inverossímeis seguem ditando o ritmo meio amalucado, responsável por fazer
"La Casa de Papel" ser descrita como "viciante" por seus
fãs.
Você deve se lembrar da
incrível capacidade do Professor de ocultar provas no tempo exato antes de
alguém da polícia aparecer. Ele continua sendo o ninja de sempre.
Assista ao trailer da segunda
temporada de 'La Casa de Papel'
A boa edição ainda é o maior
trunfo da série e faz com que a segunda temporada não decepcione. A montagem
tem ritmo de videoclipe e algumas vezes alterna o que está acontecendo no
momento do assalto e os preparativos meses antes do crime.
Por outro lado, a trilha
sonora está sempre no talo, com mais pieguice do que o recomendado para uma
série tão bem acabada.
A primeira cena de ação mais
emocionante demora muito a acontecer, quando os assaltantes botam as agora
famosas máscaras de Salvador Dali pela primeira vez.
"La Casa de Papel"
não repete o ritmo e impacto da primeira temporada, mas ainda diverte. Ela
agora é mais uma série sobre pessoas se estrupiando umas com as outras e menos
sobre um "assalto perfeito". Muita gente pode terminar esta segunda
temporada querendo discutir a relação com o seriado.
G1
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