Tulio Glauco Pereira foi
detido nesta segunda (30). Ele é investigado por corrupção passiva e
organização criminosa. Homem envolvido com morte de advogado também foi preso
Uma operação conjunta da
Polícia Civil e do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) prendeu na
tarde desta segunda-feira (30), em Natal, um agente penitenciário suspeito de
corrupção, associação criminosa e prevaricação imprópria. Tulio Glauco de Melo
Pereira, segundo as investigações, recebia dinheiro de presas do pavilhão
feminino do Complexo Penal João Chaves, na zona Norte da capital, para
facilitar a entrada de aparelhos de telefone celular e outros objetos na
unidade prisional.
Além de Tulio Glauco, foi
preso na mesma ação Marcos Antônio de Melo Pontes, que é condenado por
envolvimento no assassinato de um advogado no banheiro de um bar na zona Oeste
de Natal. Marcos Antônio cumpria pena no regime semiaberto e trabalhava em uma
obra de reforma no Complexo João Chaves. Pelo o que foi apurado, ele entregava
os aparelhos de telefone celular adquiridos por Túlio Glauco às internas do
presídio.
A operação Smartphone
investiga há 10 meses a introdução de aparelhos de telefone celular e outros
objetos no Complexo Penal João Chaves. A investigação foi comandada pelo Núcleo
Especial de Investigação Criminal da Polícia Civil (NEIC), da Polícia Civil,
que teve os apoios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), órgão do MPRN. Para o cumprimento dos mandados, equipes da 4ª
Delegacia de Polícia de Natal deram apoio operacional.
Pelo o que foi apurado, o
agente penitenciário Tulio Glauco facilitava a entrada dos objetos mediante
pagamento em dinheiro por parte das internas da unidade prisional. Esses
celulares, que eram entregues por Marcos Antônio, eram renegociados pelas presas
dentro da unidade ou alugado para outras reclusas. De posse dos aparelhos, as
presas se comunicavam com outras pessoas, permitindo assim a continuidade na
prática de crimes diversos fora do presídio. A investigação levantou que
algumas das presas pertencem a facções criminosas, o que causou grande prejuízo
à sociedade.
Túlio Glauco vai ficar preso
aguardando decisão judicial. Marcos Antônio, que cumpria pena no regime
semiaberto, irá regredir para o regime fechado.
Queijo Suíço
O agente penitenciário Tulio
Glauco foi um dos investigados da operação Queijo Suíço, deflagrada em novembro
de 2017. A ação da Polícia Civil com apoio do Gaeco investigou os crimes de
corrupção, facilitação de fugas, introdução de objetos ilícitos em presídios,
lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica, entre outros,
praticados por servidores públicos do sistema penitenciário do Estado e
terceiros.
Na operação, foram cumpridos
18 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de condução coercitiva na grande
Natal e interior. A operação foi conduzida pelo Núcleo Especial de Investigação
Criminal (NEIC) e teve suporte da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa
Social (Sesed). Atualmente, segundo a Polícia Civil, a investigação está em
estágio avançado, com alguns agentes penitenciários já indiciados.
Morte de advogado
Marcos Antônio de Melo Pontes,
conhecido por Irmão Marcos, foi preso em 2013 sob suspeita de envolvimento a
morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, assassinado no dia 9 de
maio dentro do banheiro de um bar no bairro Nazaré, zona Oeste de Natal. Ele
foi localizado e detido trabalhando em uma obra na cidade de Ipanema, na região
do Vale do Aço, em Minas Gerais.
Marcos Antônio é pedreiro e,
segundo as investigações da Polícia Civil, dirigiu o carro usado para o
assassino do advogado fugir da cena do crime. Ele é condenado a 8 anos de
prisão pelo envolvimento com o crime.
Com informações do MPRN
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