O presidente Michel Temer em
discurso durante a posse de Dyogo Oliveira na presidência do BNDES (Foto:
Marcos Corrêa/Presidência da República)
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O presidente Michel Temer
afirmou nesta segunda-feira (9) que o país passa por um “momento difícil” na
política. Segundo ele, é preciso “seguir adiante”, cumprindo a Constituição.
Temer deu a declaração no Rio
de Janeiro (RJ), durante a posse do ex-ministro do Planejamento Dyogo Oliveira
como novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico
(BNDES).
No discurso, Temer destacou as
ações do seu governo na área econômica. Segundo ele, apesar da superação da
crise na economia, as dificuldades persistem no campo político. Temer não citou
a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o principal fato na
política nos últimos dias.
Na quinta-feira (5) passada, o
juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, deu prazo até 17h do dia
seguinte para Lula se apresentar à Polícia Federal. O ex-presidente foi para a
sede do sindicato dos metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, seu berço
político, onde passou as horas posteriores à ordem de prisão se reunindo com
advogados e aliados.
Enquanto isso, miltantes do
PT, o partido do ex-presidente, fizeram vigília na frente do prédio. Na manhã
de sábado, Lula fez um discurso para os apoiadores em um carro de som. Ele se
apresentou à polícia no início da noite desse dia.
“Nós precisamos saber que nós
saímos de um momento difícil do país, continuamos num momento difícil também
sob o foco político, mas nós temos que seguir adiante”, disse Temer.
“E seguir adiante significa
cumprir exatamente a normatividade nacional, cumprir a Constituição, cumprir
rigorosamente o sistema normativo nacional, que é isso que dá estabilidade ao
país”, completou o presidente.
Para Temer, a organização na
sociedade depende de as pessoas cumprirem a norma jurídica. Segundo ele, quem
acha que não precisa seguir normas, atua pela desorganização.
"Nós só temos organização
quando você tem cumprimento restrito e estrito à norma jurídica. Quando você
acha que não precisa cumprir a norma jurídica, você desorganiza a
sociedade", afirmou o presidente.
Intervenção federal no Rio de
Janeiro
Temer também abordou no
discurso a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, decretada por
ele em fevereiro.
Ao se dirigir ao governador do
estado, Luiz Fernando Pezão (MDB), também presente ao evento, Temer disse que a
parceria do governo federal e estadual "está dando certo".
"Estes últimos gestos do
fenômeno interventivo, agora na semana passada, foram preciosos para o Rio de
Janeiro, mas também para o país, porque dá o exemplo", disse Temer, sem
listar casos específicos.
Desde que a intervenção foi
decretada, o fato de maior repercussão foi o assassinato da vereadora Marielle
Franco (PSOL), em 14 de março, cuja investigação segue em curso e ainda não
encontrou culpados.
O presidente da República
Michel Temer e o presidente do BNDES Dyogo Oliveira (Foto: Marcos
Corrêa/Presidência da República)
Papel do BNDES
No discurso, Temer ainda
ressaltou o papel social que, segundo ele, o BNDES deve ter. De acordo com o
presidente, bancos públicos devem auxiliar no desenvolvimento de microempresas,
além de investir nos setores de educação e segurança pública.
“Os bancos públicos, na minha
concepção e na concepção de todos, sempre devem ter uma função social”,
afirmou.
Dyogo Ribeiro assume o BNDES
no lugar de Paulo Rabello de Castro, que pediu demissão e avalia disputar as
eleições de outubro. Esteves Colnago foi escolhido como o novo ministro do
Planejamento.
G1
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