Com o reajuste que entrará em
vigor nesta terça, o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas
refinarias será de R$ 2,0867, com alta de 0,90% em relação à média atual de R$
2,0680. O valor médio nacional do litro do diesel subiu para R$ 2,3716, 0,97%
maior do que a medida atual de R$ 2,3488.
Já com a queda na
quarta-feira, 23, o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias
será de R$ 2,0433, com queda de 2,08% em relação à média atual de R$ 2,0867. No
mês de maio, o combustível acumula alta de 13,6%. O valor médio nacional do
litro do diesel caiu para R$ 2,3351, 1,54% menor do que a medida atual de R$
2,3716. No mês, o produto acumula alta de 10,6%.
Alta acumulada
Desde que a Petrobras iniciou
sua nova política de preços para os combustíveis, em 3 de julho do ano passado,
o óleo diesel subiu 56,5% na refinaria, segundo cálculos do Centro Brasileiro
de Infraestrutura (CBIE) – passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 (sem contar os
impostos). O aumento acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional,
exatamente a intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem
tornando sua atividade inviável.
O governo fez uma reunião na
noite da segunda-feira para discutir a questão, mas não conseguiu chegar a uma
decisão. Nesta terça, haverá mais rodadas de reuniões.
A primeira delas será pela
manhã, no Ministério da Fazenda, onde o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia,
recebe o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e
Energia, Moreira Franco. Eles deverão tentar encontrar uma forma de evitar
oscilações tão frequentes no preço da gasolina e do diesel no mercado
doméstico.
Sobe e desce
A Petrobras repassa a variação
da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Desde
que alterou sua política de preços, em julho do ano passado, a estatal passou a
promover reajustes quase diários dos combustíveis.
A companhia refuta que seja
responsável pela alta de preços ao consumidor e diz que o valor cobrado pela
empresa corresponde a cerca de um terço dos preços praticados nas bombas. Maior
parte do valor cobrado pelo consumidor final engloba principalmente tributos,
estaduais e municipais, além da margem de lucro para distribuidoras e
revendedores.
Segundo a estatal, as revisões
podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Mas os
donos de postos também apoiam a reivindicação dos caminhoneiros, pois dizem
estar perdendo margens com os aumentos de preços.
Estadão Conteúdo
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