Nos últimos dez anos, a taxa
de homicídios que mais cresceu no Brasil foi a do Rio Grande do Norte, apontou
nesta terça-feira, 5, o Atlas da Violência, divulgado nesta terça-feira (5)
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública.
Na última década, a alta de
homicídios no estado chegou a 256,9% para cada 100 mil habitantes. Em 2006, o
RN tinha a terceira menor taxa entre as 26 unidades federativas e o Distrito
Federal.
Ao longo dos 10 anos, o estado
teve quase 12 mil mortes. Considerando apenas o número absoluto de
assassinatos, o estado também registrou o maior crescimento do país. Enquanto
no início da década o estado registrava 455 mortes violentas ao longo de um
ano, em 2016 elas chegaram a 1854. O crescimento é de 307,5%. No Brasil, esse
aumento foi bem menor: 25,8%.
Houve crescimento na
quantidade de jovens assassinados em 20 Unidades da Federação no ano de 2016,
com destaque para Acre (aumento de 84,8%) e Amapá (41,2%), seguidos por Rio de
Janeiro, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Roraima. A juventude perdida é
considerada um problema de primeira importância no caminho do desenvolvimento
social do país e que vem aumentando numa velocidade maior nos estados do Norte.
Sete unidades federativas do
Norte e Nordeste têm as maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes:
Sergipe (64,7), Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará (50,8), Amapá
(48,7), Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). Entre os 10 estados onde a violência
letal cresceu no período analisado, estão o Rio Grande do Sul e nove
pertencentes às regiões Norte e Nordeste.
No Rio de Janeiro, as taxas
diminuíam desde 2003, mas em 2012 esse movimento se reverteu e, em 2016, houve
forte crescimento dos índices. São Paulo mantém uma trajetória consistente de
redução das taxas de homicídio desde 2000. Alguns fatores que podem explicar
esse desempenho são as políticas de controle responsável das armas de fogo,
melhorias no sistema de informações criminais e na organização policial e a
hipótese de pax monopolista do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A redução dos homicídios
também ocorre desde 2013 no Distrito Federal. A pesquisa constata a efetividade
de programas como Paraíba pela Paz (PB) e Estado Presente (ES), lançados em
2011, quando esses estados eram o 3º e o 2º mais violentos do país,
respectivamente. Em 2016, caíram para as posições de número 18 e 19.
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