Petrobras irá reduzir o preço
da gasolina nas refinarias em 1,35% a partir desta quarta-feira (6). Com o
reajuste, o litro da gasolina A nas refinarias passará de R$ 1,9976 para R$
1,9706, segundo informou a companhia em sua página.
Trata-se da segunda queda
seguida. No sábado, a estatal tinha elevado o preço da gasolina em 2,25% e, na
segunda-feira, a Petrobras anunciou redução de 0,68%.
Desde o início de maio, já
foram anunciadas 14 altas e 8 quedas no preço da gasolina. Em 1 mês, o
combustível acumula alta de 8,4% nas refinarias.
Já o preço do diesel seguirá
em R$ 2,0316 o litro nas refinarias até o dia 7 de junho, conforme ficou
estabelecido pelo programa de subvenção ao combustível anunciado pelo governo,
que prevê redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias. Com a redução, o
preço do combustível recuou 2,69% na comparação com o início de maio.
O repasse dos preços cobrados
nas refinarias para as bombas depende das distribuidoras e dos donos dos
postos. Nas últimas semanas, os cortes anunciados pela Petrobras não foram
sentidos pelos consumidores, em meio à crise de abastecimento provocada pelos
protestos dos caminhoneiros.
Levantamento semanal divulgado
pela Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP)
mostra que o preço médio do diesel subiu 1% nos postos, enquanto que o da
gasolina avançou 4%, na comparação com a semana encerrada no dia 26 maio,
quando os caminhoneiros ainda estavam em greve.
A Petrobras adotou novo
formato na política de ajuste de preços em 3 de julho do ano passado. Segundo a
nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive
diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado
internacional, e também do dólar.
As críticas à política de
preços da Petrobras foram um dos fatores que provocaram a greve dos
caminhoneiros e culminaram no pedido de demissão de Pedro Parente.
ANP fará consulta pública
sobre reajustes
A ANP anunciou nesta
terça-feira (5) que fará uma consulta pública para discutir a periodicidade do
repasse dos reajustes dos preços dos combustíveis. O órgão vai colher sugestões
entre 11 de junho e 2 de julho.
A consulta – ou Tomada Pública
de Contribuições (TPC) – vai coletar dados, informações e evidências para criar
uma resolução sobre o período mínimo para o repasse ao consumidor dos reajustes
dos preços dos combustíveis.
Em nota, a Petrobras informou
que irá colaborar com as discussões lideradas pela ANP, mas fala em manutenção
da liberdade para formação de preços. “Um diálogo que permita a formação de
preços alinhada às condições de mercado e maior previsibilidade, como proposto
pela ANP, pode resultar em maior competição ao mesmo tempo em que mantém a
liberdade para formação de preços da Petrobras e demais atores do setor de óleo
e gás”, disse a estatal.
G1
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