Em uma campanha marcada por
movimentos estrategicamente planejados e também velados, a disputa pela
presidência do Senado terá a marca do “anti”. Assim como ocorreu na eleição
presidencial, a escolha de quem comandará a Casa e, por tabela, o Congresso
Nacional pelos próximos dois anos será definida por grupos a favor e contra a
chamada “velha política”, neste caso, representada por Renan Calheiros
(MDB-AL), um dos poucos caciques que vão permanecer no cargo a partir de
fevereiro e que tenta presidir a Casa pela quarta vez.
Sem o apoio do presidente Jair
Bolsonaro ou do partido dele, o PSL, Renan acompanha, nos bastidores, a
pretensão de Tasso Jereissati (PSDB-CE) de firmar uma espécie de acordo tácito
com a base aliada para derrotar o emedebista, mesmo que numa votação apertada e
secreta. Assim como Renan, o tucano não se colocou oficialmente como candidato,
mas busca líderes de outros partidos para avaliar suas chances de vitória.
“Ele não vai entrar nesse jogo
para perder. Mas espera um sinal dos senadores para se colocar publicamente.
Tasso é o único que pode derrotar Renan”, disse Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que
não se reelegeu, mas faz parte do grupo de sustentação à campanha de Tasso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente