O prefeito de Suzano, Rodrigo
Ashiuchi, disse hoje (14) que vai reforçar a segurança não só na Escola
Estadual Prof. Raul Brasil, onde houve a tragédia com dois atiradores que
deixou dez mortos e 11 feriados, como nos demais colégios do município. Será
instalado um departamento destinado à ronda escolar, ao programa anti-drogas e
à visita do canil da Polícia Militar às unidades.
Ashiuchi estuda ainda adoção
de um modelo diferenciado de segurança para a Escola Estadual Prof. Raul
Brasil. Segundo ele, uma das propostas é utilizar policiais da reserva para
ajudar na parte administrativa da escola.
“Isso ainda é um projeto, mas
precisa sem implantado rápido. É um kit para a escola. Seria uma parceria entre
prefeitura, governo estadual e federal ou uma parceria público privada, para
dar subsídio para que o policial volte da reserva e atue nas escolas, com
sentimento não só de segurança, mas de acolhimento e de respeito”, disse o
prefeito.
O prefeito apresentou hoje a
proposta de segurança para o ministro da Educação Ricardo Veléz Rodríquez, que
esteve na escola pela manhã. “No [colégio] Raul Brasil seria uma ação mais
ostensiva. Se depender de mim, isso já sai do papel no mês que vem”, afirmou.
As aulas no colégio que foi palco do massacre estão suspensas até o fim da
próxima semana. Porém, a escola estará aberta para que alunos e famílias possam
conversar com os professores.
Apoio
Visivelmente consternado,
Ashiuchi ressaltou que hoje é um dia para abraçar as famílias, mas a partir de
amanhã, as conversas em torno do assunto serão iniciadas e há ainda a ideia de
equipar todas as escolas um kit simples de monitoramento por câmera. “É um
pacote de ações que vamos tentar em parceria com o governo estadual e federal”,
ressaltou.
O prefeito avaliou que a parte
estrutural é apenas um pouco do que deve ser feito para evitar que fatos como o
de ontem se repitam. “É importante frisar que o problema vai muito além disso.
É bullying, é olhar essa juventude, não é apenas colocar guarda. Segurança é
dar opção para a juventude, ter projetos acolhedores para as crianças e jovens,
cuidar das crianças na base, na educação infantil, é o alicerce.”
Para Ashiuchi, a tragédia na
escola Raul Brasil foge do padrão de qualquer situação de violência mais
frequente. “Não tinha como ter sido evitado. Foi um pesadelo. Uma catástrofe.
Sabemos que foi um episódio fora da curva, coisa que ninguém imagina, mas aconteceu.
E não só aqui, mas em outras cidades do país e do mundo”, disse.
Agência Brasil
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