O Rio Grande do Norte fechou
2.033 vagas de empregos com carteira assinada em março deste ano, segundo os
números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados
nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia. No acumulado do primeiro
trimestre de 2019, foram fechados 5.468 postos de trabalho formal no estado.
Esse saldo negativo representa
a diferença entre as contratações (10.236) e as de demissões (12.269) do mês.
No acumulado de janeiro a março, foram 34.742 contratações contra 40.210
demissões.
Apesar de o saldo negativo ser
comum em março, no estado, esse foi o pior resultado registrado desde 2016,
quando se fecharam 2.383 vagas no mesmo mês. Em 2017, o saldo foi de -569 e em
2018, -437.
O setor da economia potiguar
que mais fechou vagas foi o da Agropecuária, com redução de 1.593 postos de
trabalho no mês passado. Depois dele, veio a Construção Civil, com queda de 401
empregos, Comércio (-65) e Serviços (-59).
Setores como o de Serviços
Industriais de Utilidade Pública, a Indústria de Transformação e a Extrativa
Mineral foram os que tiveram saldo positivo, com 64, 17, e 4 novos postos,
respectivamente.
Veja os saldos de emprego no
trimestre, por setor
- Extrativa Mineral: -159
- Indústria de Transformação: -1.012
- Serviços Industriais de Utilidade Pública: 77
- Construção Civil: -478
- Serviços: 2.065
- Administração Pública: -30
- Agropecuária: -4.744
- Total: -5468
Municípios
Os municípios que mais
demitiram, no trimestre, foram Mossoró e Apodi, na região Oeste. Neles se
concentra o setor de fruticultura irrigada, responsável por grande parte dos
empregos ligados à agropecuária potiguar.
Mossoró registrou saldo
negativo de 1.698 vagas e Apodi, -1051. Eles foram seguidos por São Gonçalo do
Amarante, na região metropolitana da capital, que teve queda de 291 postos. Na
região Seridó, Caicó fechou 106 vagas.
Em contrapartida, Parnamirim
abriu 436 novos postos. Já a capital Natal teve um saldo positivo de apenas 3
vagas no ano, após fechar 512 empregos no mês passado.
Brasil
O estado seguiu uma tendência
nacional e regional. Em todo o país, foram fechados 43.196 vagas de emprego com
carteira assinada, em março. E a região que mais registrou demissões foi
justamente o Nordeste, que teve saldo negativo de 23.728 vagas de trabalho.
Esse foi o primeiro resultado
negativo, nacionalmente, em três meses. A última vez que o Brasil havia
registrado mais demissões que contratações foi em dezembro do ano passado, com
o fechamento de 341.621 postos de carteira assinada.
O resultado surpreendeu os
analistas do mercado financeiro, que estimavam nova abertura de vagas no mês
passado.
Esse também foi o pior saldo,
para meses de março, desde 2017 - quando 62.624 trabalhadores foram demitidos.
No mesmo mês do ano passado, foram registradas 56.151 contratações.
O governo informou ainda que,
das 27 unidades federativas, 19 tiveram saldo negativo em março.
Os maiores saldos positivos de
emprego ocorreram em Minas Gerais (+5.163), Goiás (+2.712) e Bahia (+2.569
vagas).
Já os maiores volumes de demissões
foram registrados em Alagoas (-9.636), São Paulo (-8.007) e Rio de Janeiro
(-6.986).
G1RN
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