Whatsapp divulgou comunicado
sobre vulnerabilidade no sistema (Thomas White/Reuters)
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O aplicativo de mensagem
instantânea WhatsApp, de propriedade do Facebook, divulgou, nessa segunda-feira
13, que foi detectada uma vulnerabilidade em seu sistema que permitia que
hackers instalassem spyware em alguns telefones – conseguindo, assim, acessar
os dados contidos nos aparelhos.
A empresa confirmou em comunicado
à imprensa a informação publicada horas antes pelo jornal Financial Times e
pediu aos 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo que “atualizem o aplicativo
para sua versão mais recente” e mantenham durante o dia seu sistema operativo
como medida de “proteção”.
O WhatsApp, que foi adquirido
pelo Facebook em 2014, indicou que neste momento ainda não é possível dizer
quantas pessoas foram afetadas, mas estimou que as vítimas foram escolhidas
“especificamente”, de maneira que em princípio não se trataria de um ataque em
grande escala.
O software espião que foi
instalado nos telefones “se assemelha” à tecnologia desenvolvida pela empresa
de cibersegurança israelense NSO Group, que levou o WhatsApp a colocá-lo como o
principal suspeito por trás do programa de espionagem.
A vulnerabilidade no sistema,
para a qual a empresa lançou um patch na segunda-feira, foi detectada há apenas
alguns dias e, por enquanto, não se sabe quanto tempo duram as atividades
invasoras.
Os hackers faziam uma ligação
através do WhatsApp para o telefone cujos dados queriam acessar e, mesmo que o
destinatário não respondesse à chamada, um programa de spyware era instalado
nos dispositivos.
Em muitos casos, a chamada
desaparecia mais tarde do histórico do aparelho, de modo que, se ele não tivesse
visto a chamada entrar naquele momento, o usuário afetado não suspeitaria de
nada.
O WhatsApp declarou que, logo
após tomar conhecimento dos ataques, alertou a organizações de direitos humanos
(que estavam entre as vítimas da espionagem), empresas de segurança cibernética
e o Departamento de Justiça dos EUA.
O fato de algumas das
organizações afetadas serem plataformas de defesa dos direitos humanos reforça
a hipótese de envolvimento do Grupo NSO, uma vez que seu software já foi
utilizado no passado para realizar ataques contra esse tipo de entidades.
Segundo o Whatsapp, o
“spyware” detectado teve capacidade para infectar telefones com sistema
operacional da Apple (iOS) e do Google (Android).
Veja, com EFE
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