PODERIA TER SIDO
DIFERENTE...
Eu lembro da
estação
Que tinhamos na
cidade,
Mas a
insensibilidade,
Não lhes deu muita
atenção.
Nem mesmo a Voz da
Razão
Conseguiu jamais
tocar,
Os gestores do
lugar,
Insensíveis a
Cultura...
Que podiam com
ternura,
A Cultura
resgatar.
Uma Casa Cultural,
Tal poderia ter
sido,
E assim
fortalecido
Toda Cultura
Local!
O Projeto Social,
Teria ido além...
Lindo e com a Nota
Cem
Na Cultura Cidadã,
Pra no Brasil de
amanhã,
Vivermos em paz...
Amém!
Olhe as fotos e
estágios,
Que a estação
chegou!
O pobre prédio
virou,
Inspiração pra
adágios
Populares, que são
ágios
Para nosso
ensinamento...
Hoje é fonte de
lamento,
A Casa Ferroviária
De estrutura
precária
Leva sol, chuva e
vento!
Cada recanto do
prédio,
Testemunha o
descaso
De quem lhes
causou arraso,
Cedendo a qualquer
assédio...
Esse tipo... Sente
tédio
Do Folclore
brasileiro
Talvez mandará
ligeiro,
Por não vê-lo com
valor,
Alguém lá, com um
trator,
Derribá-lo por
inteiro!
É preciso
urgentemente,
Num Ato Sábio e
Propício,
Que o Gestor em
exercício...
Tome a causa e vá
a frente!
Faça da estação da
gente,
Ponto Forte do
Folclore!
Vá logo e não
demore,
Que um Povo
Aculturado
Não aceita nada
errado,
Ou qualquer mal
que explore.
A estação
reformada
Nos servirá para
tudo!
Inclusive pra
estudo,
Palestra
qualificada.
Se for bem
Arquitetada
Pra Cultura e o
Lazer,
Nosso povo irá
ver,
Que a Cultura é
útil!
Já o desperdício
inútil,
Só nos traz o
desprazer.
Pode ser palco de
luz,
De teatro e
poesia...
E também de
cantoria,
Que a Cultura
produz.
E o crime se
reduz,
Combatendo a
violência...
Que traz perda e
carência
Para nossa
juventude,
Pois Cultura traz
saúde
Para alma e
consciência!
Vejo a estação
sumindo
Nos rodapés do
história,
Perdendo a sua
glória
E alguns se
divertindo.
Mas o futuro vem
vindo,
E Deus não dorme
um instante,
Esta Santa luz
Brilhante,
Que sabe qualquer
segredo...
Quem fez o mal
terá medo
E uma vida
frustrante.
Eu trago doce
lembrança,
Quando lá eu me
sentava
Na calçada e
tocava,
A viola sem
cobrança.
Toda aquela
vizinhança
Ouvia sempre eu
cantar...
Alguns, eu via
chorar,
Olhando o clarão
da lua,
Clareando nossa
rua,
Deste Sertão
Potiguar.
Na calçada eu
toquei
Pra O Maestro
Vicente,
Ouvindo
atentamente,
As Canções que eu
cantei.
Foi lá que eu
recordei
Os tempos da
Boemia...
A Velha Estação
ouvia,
O Maestro e o
Poeta,
Na quietude
inquieta
Do Barco da
Alegria!
Cultura é pra todo
mundo...
Seja rico ou seja
pobre!
Seja pequeno ou
Nobre!
Sábio, simples ou
profundo!
Até pra o
vagabundo,
A estação foi
guarida...
Em sua noite
perdida
De pura
vagabundagem!
Hoje só vejo a
imagem
Da estação
destruída.
Mas olhem a de
Angicos
No Rio Grande do
Norte,
Resistiu ao tempo
forte
Dos vendavais
sobre os picos.
E por pobres e por
ricos,
Todo dia está
cheia,
Desse jeito, então
semeia
A Cultura do
Artista...
Do Poeta
Cordelista,
Que traz o verso
na veia.
Tem a de Pedro
Avelino,
Restaurada e muito
bela,
E hoje quem dela
zela,
Cumpre um sagrado
destino
No solo
Potiguarino
Da Estação toma
conta...
Por que pra nossa
não monta
Uma Ação de
Resgate?!
Bote o caso em
debate,
Que a Solução
desponta.
Lajes também foi
sensível...
Como Fernando
Pedrosa...
De forma
prodigiosa
Fizeram o
impossível,
Tudo o que era cabível
Pelas suas
Estações.
Macau faz muitas
ações,
Pra poder então,
mantê-la.
E a nossa iremos,
vê-la
Restaurada pra
canções?!...
Estação
Ferroviária
É Patrimônio do
Povo!
Restaure que fica
novo
Para produção
diária.
Não faça uma ação
contrária,
Porque só traz
prejuízo!
Não devia, mas
aviso:
"Que quem com
o ferro fere..."
Um golpe maior
espere
No miolo do juízo!
Nostalgicamente
findo,
O Poema com Amor.
Mostrei o grande
valor
Da Estação quase
indo...
Ao chão do
Nordeste Lindo,
Que na Cultura
investe
Do Sertão ao
Agreste,
Eu canto com Voz
Ativa,
Cantando eu grito:
Viva
As Estações do
Nordeste!
FIM
João
Serrania-10/06/2019
Natural de Afonso
Bezerra
Reside em Angicos
Rio Grande do
Norte
Nordeste do
Brasil.
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