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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Acusados de matar filhos de vereador e PM pegam quase 140 anos de prisão


Passados seis anos, oito meses e três dias da noite de 2 de março de 2013; data do duplo homicídio que vitimou os universitários José Costa Júnior, que tinha 21 anos, e Manoel Teixeira Neto, de 20. Em Goianinha, para onde os jovens se dirigiam quando foram assassinados, os quatro acusados pelas mortes foram condenados a penas que – juntas – chegam a quase 140 anos de prisão.

A maior condenação foi para a única do quarteto que está foragida. Maria Eduarda dos Santos Gomes, a Galega, que no próximo dia 20 de dezembro completará 29 anos, terá que cumprir 36 anos e nove meses de prisão quando for capturada. Ela chegou a se apresentar à Polícia Civil um mês e 21 dias após a data do crime, mas ganhou direito à prisão domiciliar por estar grávida. E nunca mais foi vista pelas autoridades.
Maria Eduarda, a Galega, está 
foragida. Denuncie pelo 181 ou 190 | Cedida

José Carlos de Souza, ou Zé Carlos, de 29 anos, foi condenado a 34 anos e um mês de reclusão. Se tivesse que cumprir toda a pena na cadeia, Adriana Helena de Souza teria o dobro da idade atual dela, que é de 32 anos, quando fosse posta em liberdade. Ele e ela viviam um romance na época do crime e foram presos, em casa, na cidade Canguaretama, depois de 17 dias das mortes dos jovens.

Antônio Pedro Silva de Carvalho, o Tonho, foi o que demorou mais tempo para ser preso. Foi capturado em 17 de junho de 2015, mais de dois anos depois do duplo homicídio. Ele tem 31 anos e nove meses de prisão para cumprir.

O julgamento

O júri popular, que foi realizado na Câmara Municipal de Goianinha, começou na segunda-feira e acabou no final da noite desta terça. O quarteto foi condenado por homicídio triplamente qualificado – motivos torpe, fútil e por emboscada. Eles também responderão por formação de organização criminosa e furto, já que pertences das vítimas foram encontrados com eles quando foram presos.

O crime

Júnior e Neto, como os jovens amigos eram conhecidos, eram da pequena Espírito Santo. Na noite de 2 de março de 2013 eles estavam em um bar da cidade quando Maria Eduarda e Adriana Helena chegaram e começaram a flertar os rapazes.

A investigação apontou que elas foram enviadas a mando de Zé Carlos, que traficava drogas, e com quem Júnior teria uma dívida. As mulheres conseguiram convencer os rapazes a irem até Goianinha, cidade vizinha. Elas foram de moto. Os amigos foram de carro.

Às margens da RN-003, no começo de uma estrada de terra conhecida como ‘Fava Seca’, os amigos foram assassinados por disparos de arma de fogo em uma emboscada.

A motivação

No depoimento feito perante o júri, Adriana Helena surpreendeu ao dizer que a morte não teria sido encomendada nem motivada por dívidas relacionadas a drogas. Inocentando, Zé Carlos e Tonho, ela disse que os rapazes foram mortos por tiros disparados por Maria Eduarda depois de Júnior ter tentado agarrá-la a força no local onde elas teriam parado para fazerem necessidades fisiológicas. De acordo com a ré, o encontro com os rapazes no bar foi por acaso.

Apesar de a nova versão de Adriana Helena não ter convencido a justiça, a real motivação para o duplo homicídio não ficou esclarecida.

Vidas interrompidas

Neto era filho de Wober Teixeira, vereador de Espírito Santo. Manoel Teixeira, avô dele, foi cinco vezes prefeito do município. O rapaz cursava Matemática na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Já Júnior era filho de um subtenente da Polícia Militar e estudava Fisioterapia, serviu à Marinha do Brasil e deixou um filho. Os dois eram muito amigos e tinham pontos em comuns. Como, por exemplo, o fato das mães deles terem o mesmo nome. Ambas de chamam Marilene.

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