Uma espada medieval se
encontra fincada em uma pedra na Capela de Montesiepi, localizada na bela
Toscana da Itália. Porém, não se trata de nenhuma referência a lenda do Rei
Arthur, mas sim da real história de um santo.
A história arturiana pertence
à Galgano Guidotti, nascido em 1148. O jovem passou seus primeiros anos em meio
à fortuna em uma família abastada, mas aos 32 decidiu mudar de vida e seguir os
ensinamentos de Jesus.
Retirando-se como um eremita,
ele tomou a decisão depois de receber aparições do Arcanjo Miguel, falando para
ele de um encontro com Deus e os doze apóstolos na colina de Monte Siepi (local
onde mais tarde seria erguida a notória capela em que está a espada).
Em uma das aparições, Miguel
falou para Guidotti que ele deveria se desfazer de todos os seus bens mundanos,
ao que o eremita respondeu que seria difícil como partir uma pedra ao meio.
Para provar o seu ponto,
Galgano teria tentado fincar sua espada dentro de uma pedra, e, para sua surpresa,
a espada perfurou e saiu do minério com muita facilidade. Decidido a seguir a
palavra do anjo, o homem cavalgou até o topo do Monte Siepi e fincou sua espada
em meio a uma impenetrável pedra, onde permanece até hoje.
Espada está fincada até hoje
na capela italiana / Crédito: Wikimedia Commons
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Um ano depois desse caso,
Guidotti faleceu, e em 1185 Papa Lúcio III santificou o homem, e a Capela de
Montesiepi foi construída em volta da espada fincada para preservar sua
santidade.
Inúmeras foram as tentativas
de ladrões e audaciosos de tirar o sabre da rocha, e uma dessas tentativas
permanecem expostas até hoje para os que visitam a capela. Um ladrão, enquanto
tentava remover a arma do lugar, foi atacado por lobos e somente suas mãos
sobraram da investida dos animais.
Os membros mumificados
resistem até hoje por razões desconhecidas, mas servem de aviso para os
mal-intencionados que hoje tem que passar por uma proteção de vidro balístico
para tocar no artefato.
Por mais que tenha sido
considerado um embuste por anos, a espada foi examinada em 2001 e teve a sua
idade avaliada. O metal e o estilo da arma são consistentes com o fim dos anos
1100 e começo dos anos 1200. Por mais que não seja possível verificar a
autenticidade de sua história, a idade, pelo menos, condiz com a lenda.
“Datar metais é uma tarefa
difícil, mas podemos dizer que a composição do metal e o seu estilo são
compatíveis com a era em que se passa a lenda”, disse Luigi Garlaschelli, da
Universidade de Pádua, “Fomos bem sucedidos em negar as acusações de que a
história é uma mentira recente”.
Análises feitas por radares
ainda contemplaram uma cavidade de 2 metros de altura por 1 metro de largura,
que provavelmente devem ser uma cova para o corpo do santo. Além disso, as mãos
mumificadas também tiveram sua idade conferida, e condizem com um corpo do
século 12.
Aventuras na História
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