O presidente Jair Bolsonaro
decidiu demitir o secretário de Cultura, Roberto Alvim, após a polêmica
referências ao nazismo em vídeo divulgado nas redes sociais. Segundo
informações de O Estado de S. Paulo, auxiliares próximos de Bolsonaro disseram
que a situação de Alvim ficou "insustentável".
A Confederação Israelita do
Brasil (Conib) lançou nota na manhã desta sexta-feira, 17, dizendo ser
"inaceitável o uso de discurso nazista" pelo secretário da Cultura,
Roberto Alvim.
Em vídeo de lançamento do
Prêmio Nacional das Artes, nesta quinta-feira, 16, ele parafraseou famoso
discurso do ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels. Leia aqui.
"Emular a visão do
ministro da Propaganda nazista é um sinal assustador da sua visão de cultura,
que deve ser combatida e contida. Goebbels foi um dos principais líderes do
regime nazista, que empregou a propaganda e a cultura para deturpar corações e
mentes dos alemães e dos aliados nazistas a ponto de cometerem o Holocausto, o
extermínio de 6 milhões de judeus na Europa, entre tantas outras vítimas. O
Brasil, que enviou bravos soldados para combater o nazismo em solo europeu, não
merece isso. Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a cultura do
nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente", diz a nota da
Conib.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu no Twitter o afastamento
"urgente" de Roberto Alvim do cargo. "O secretário da Cultura
passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria
afastá-lo urgente do cargo".
O secretário da Cultura, que é
dramaturgo, defendeu-se, no Facebook. "O que a esquerda está fazendo é uma
falácia de associação remota com uma coincidência retórica em UMA frase sobre
nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prêmio Nacional das
Artes. É típico dessa corja".
A Embaixada da Alemanha no
Brasil destacou oposição a qualquer tentativa de glorificar o
nacional-socialismo:
O Povo Online
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