De O Globo / Com Agências Internacionais

O aumento dos estoques
americanos de gasolina, que chegaram a 10,6 milhões de barris na semana
passada, segundo a Administração de Informação sobre Energia, reforçam a imagem
de um mercado com superabundância na oferta de petróleo. A oferta na região de
Cushing, Oklahoma, ponto de entrega para o petróleo do tipo WTI, alcançou o
ápice de 63,9 milhões de barris. Os impasses diplomáticos entre o Irã e a
Arábia Saudia, que executou um líder xiita, acabaram com a especulação de que
os integrantes da Opep poderiam fechar acordo para cortar a produção, o que
levaria ao aumento dos preços.
— Há estoques crescentes e a
tensão entre o Irã e a Arábia Saudita torna qualquer acordo sobre a produção
improvável — afirmou Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC Markets à
Reuters.
Indícios da desaceleração
econômica na China reforçam temores de investidores de que mesmo a forte
demanda em outros lugares pode não ser suficiente para enxugar o excesso de
petróleo que resultou da produção quase recorde durante o ano passado. Nesta
quarta-feira, dados da China apontam que o setor de serviços tiveram o menor
avanço em dezembro em 17 meses seguidos, assim como dados da semana passada
apontam para redução do ritmo industrial.
O barril de Brent chegou a ser
negociado a US$ 34,37 na Bolsa de Londres às 10h54 (Nova York), com queda de
mais de 5%. O barril de WTI, por sua vez, era cotado a US$ 34,22, com queda de
4,9%. Analistas do Citigroup e do UBG Group AG projetam cotações perto de US$
30 nos próximos meses, enquanto os estoques americanos permanecem acima de 130
milhões de barris.
A partir de junho de 2014,
quando o preço do petróleo chegava a US$ 115, o valor da commodity começou a
cair devido à grande inserção de gás não convencional dos Estados Unidos,
enquanto a queda dos preços fez com que produtores extraíssem ainda mais
petróleo para compensar a receita menor e garantir participação no mercado.
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