
A Petrobras abriu com forte
alta com a confirmação da indicação de Pedro Parente para a presidência da
Petrobras no lugar de Aldemir Bendine. Em relatório, a Yiel Capital vê como
positiva a escolha de Pedro Parente como novo presidente da Petrobras,
destacando a experiência do executivo. "Ele já foi ex-ministro no governo
FH, presidente da Bunge e é o presidente do Conselho de Administração da
BM&F Bovespa. Na sua primeira entrevista, disse que não haverá indicações
políticas na Petrobras", afirmaram os analistas.
O analista Raphael Figueredo,
da Clear Corretora, lembra, no entanto, que apesar da melhora do humor, não há
nenhum outro fator que possa sustentar uma alta mais forte do Ibovespa, por
isso o índice perdeu força - na máxima, chegou a subir 1,37%.
—O mercado não tem muito
fôlego para subir em um dia de agenda vazia. Essa alta é uma correção dos
movimentos anteriores. A chegada de Pedro Parente à Petrobras também agradou. É
um nome técnico e pode ajudar a recuperar a Petrobras, o que serviria como um
catalizador para a economia do país — avaliou.
As ações preferenciais (PNs,
sem direito a voto) da estatal registram alta de 1,56%, cotadas a R$ 9,10, e as
ordinárias (ONs, com direito a voto) estão praticamente estáveis, com pequena
variação negativa de 0,08%, a R$ 11,50, após subirem mais de 5% na abertura dos
negócios. Na Bolsa de Nova York, os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês)
registravam alta de 1,09%, a US$ 6,49 - na máxima, chegou a subir 6,54%. Essa
valorização ocorre apesar da estabilidade do preço do petróleo no mercado
internacional. O barril do tipo Brent tem pequena variação positiva de 0,06%, a
US$ 48,84.
Já o setor de mineração passou
a operar em queda. Os papéis preferenciais da Vale caem 2,78% e os ordinários
recuam 4,76%.
No exterior, os principais
indicadores operam em alta. Nos Estados Unidos, o Dow Jones sobe 0,57% e o
S&P 500 tem valorização de 0,76%. Na Europa, o DAX 30, de Frankfurt, fechou
com valorização de 1,23%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 1,67%. Já o FTSE
100, de Londres, subiu 1,70%.
DÓLAR PERDE FORÇA
Já no mercado de câmbio, o
dólar perde força em relação às moedas de países emergentes e produtores de
commodities. Com isso, o “dollar index” tem leve alta de 0,16%. Guilherme
França Esquelbek, analista da Correparti Corretora de Câmbio, prevê um pregão
menos volátil. Nos dois pregões anteriores, o dólar subiu com a expectativa do
Federal Reserve (Fed, o BC americano) elevar os juros no curto prazo. “O
mercado vai aguardar para segunda-feira a entrevista do presidente interino,
Michel Temer, que anunciará um balanço da 'herança maldita', em que os números
de déficit chegam a R$ 200 bilhões”, afirmou.
Na quinta-feira, a moeda
fechou em alta de 0,17%, a R$ 3,571, após ter atingido R$ 3,62 na máxima.
Internamente, os investidores
estão de olho nos possíveis desdobramentos da operação da Polícia Federal
chamada de “Clã”, que tem como objetivo avaliar o tráfico de influência do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue as ligações do
presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro do Planejamento, Romero
Jucá, ambos do PMDB. Além disso, o IPCA-15 veio acima do esperado.
O Globo
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