O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (17) que a reforma da Previdência
pode ser aprovada pela comissão especial que analisa o tema até o próximo dia
26. O parecer do relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) na comissão
especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), foi lido na última quinta-feira
(13).
O texto foi criticado pelo
ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo o qual, as alterações feitas na
proposta inicial enviada pelo governo podem “abortar” a reforma. Para o
ministro, entre os principais problemas, estão as mudanças nas regras de
transição que reduziram substancialmente a economia projetada.
Rodrigo Maia disse que o
posicionamento de Guedes teve efeito positivo. “A fala uniu o Parlamento, nos
deu chance de estar mais próximos dos governadores e prefeitos. Tem crises ou
críticas que vêm para bem. Essa é uma delas. Fortaleceu a certeza [de] que a
Câmara e o Senado podem ter neste momento o papel [de] protagonista que nunca
tiveram nos últimos 20 anos”, afirmou o presidente da Câmara depois de
participar de um evento sobre transparências promovido pelo Grupo Bandeirantes.
Joaquim Levy
Maia comentou a demissão do
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Joaquim Levy. Ele pediu para deixar o cargo ontem (16) após ser criticado pelo
presidente Jair Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, o motivo do descontentamento com
Levy foi a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de
Mercado de Capitais do BNDES.
O presidente da Câmara
defendeu Levy e Barbosa. “Queria que o Marcos Pinto pudesse ser aproveitado em
uma área de um debate importante sobre economia com viés social. Ele é um dos
melhores do Brasil nessa área. Demitir faz parte da vida, é um direito do
governo, mas da forma como foi feito, criou suspeição sobre o Marcos Pinto.
Esse advogado que foi demitido do BNDES é um dos quadros que mais entendem de
política econômica do ponto de vista social no Brasil”, ressaltou Maia, que
elogiou a trajetória de ambos e os serviços que prestaram ao país.
Agência Brasil
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