Por conta da pandemia do novo
coronavírus, ministros e técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) traçaram
diferentes cenários junto a integrantes do Congresso Nacional para as eleições
municipais que elegerão prefeitos e vereadores este ano. Originalmente marcadas
para o mês de outubro, elas podem ser adiadas para que o primeiro turno ocorra
em novembro e o segundo turno em dezembro. Outra hipótese discutida pelo TSE e
por parlamentares é que haja datas diferentes em cada estado, a depender do
risco a que os eleitores estarão expostos com o avanço da Covid-19.
O presidente do TSE, ministro
Luís Roberto Barroso, já se reuniu com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para debater o provável
adiamento das eleições de outubro. A decisão final depende de mudanças na
Constituição e caberá ao Congresso, que precisa votar as alterações de data à
toque de caixa. Nas próximas semanas, políticos e integrantes do TSE esperam
que haja um cenário mais definido para que possa bater o martelo sobre os dias
exatos que milhões de brasileiros irão às urnas.
Uma outra possibilidade
aventada e defendida pelo ministro Barroso é que a votação seja realizada em
dois dias, das oito horas da manhã às oito horas da noite. Se consolidada, esta
alternativa diminuiria o risco de aglomerações nas seções de votação, mas
geraria custo extra de 180 milhões de reais por dia, de acordo com cálculos do
TSE obtidos por VEJA.
Também entre os cenários
discutidos está a possibilidade de o primeiro turno ser realizado no dia 15 de
novembro e o segundo turno no dia 6 de dezembro. Se o número de contágios não
arrefecer nos próximos meses, a hipótese é que o primeiro turno seja no dia 6
de dezembro e o segundo turno no final do mesmo mês.