Conforme previsto, o PMDB já
não é mais parte do governo de Rosalba Ciarlini (DEM). A parceria foi desfeita
em ato formal na tarde desta sexta-feira (30) na sede da executiva estadual, no
Tirol. Após os 17 membros com direito a voto terem manifestado a opção pelo
distanciamento da gestão estadual, também ficou acertado que o partido vai
lutar para emplacar um projeto de candidatura própria ao Executivo em 2014.
“O partido, de maneira
consensual, se afasta do projeto político da governadora Rosalba Ciarlini. Em
segundo lugar, declara, também por unanimidade, que, em face de seu crescimento
e compromisso pelo RN, que vai lutar pela construção de candidatura própria”,
declarou o líder da legenda, deputado federal Henrique Eduardo Alves, em meio
aos aplausos da plateia militante que foi prestigiar o evento.
Henrique também assegurou que,
em que pese a decisão de candidatura própria, não foram discutidos nomes na
reunião da executiva estadual. Até o momento, o deputado estadual Walter Alves
e seu pai, o ministro Garibaldi Filho, são apontados como preferidos pelas
bases peemedebistas.
“Acrescento que todos que
participaram da reunião nem disseram sim nem não sobre os nomes. Não é a hora
para discutir isso. Vamos construir um grupo de trabalho para começar a
repensar o projeto de desenvolvimento do Rio Grande do norte”, anunciou
Henrique, revelando ainda a convocação de nova reunião, dessa vez com
prefeitos, vices e representantes de vereadores para comunicar e explicar a
decisão tomada pelo partido.
O deputado também comentou que
pretende respeitar a decisão de outras legendas que queiram permanecer aliadas
do governo e que tenham feito parcerias com o PMDB nas últimas eleições. Embora
não tenha nominado, o caso em tela é o do PR do deputado federal João Maia.
“Respeitamos cada partido. Não
cobraremos nada de ninguém, de nenhum partido que esteve conosco na aliança
passada”, disse Henrique aos repórteres. Minutos antes, todavia, o deputado
estadual Nelter Queiroz manifestara opinião no sentido contrário: “Não podemos
aceitar que o PR fique na base do Governo e depois, perto da campanha, venha
para o palanque do PMDB, isso vai contaminar o nosso partido”.