Voltando a falar da APASA, quero antes aqui, deixar uma ressalva. Não tenho nada contra a atual administração da Associação. Muito pelo contrário, tenho respeito e amizade sincera ao seu gestor. O que faço nestes artigos, é simplesmente trazer a público fatos concretos que estão acontecendo, que vinham sendo monitorados e que atendendo a alguns agropecuaristas da própria entidade, torno do conhecimento geral da população.
Como falei no fim do artigo passado, o desempenho da APASA declinou nos últimos anos. Já não vem atendendo a real função da Associação, que era equilibrar a produção rural da micro região de Angicos.
O preço praticado no leite atualmente, não condiz com as necessidades dos agropecuaristas, que não conseguem equilibrar as contas e acabam entrando num círculo vicioso que conduz a dívidas impagáveis e perda dos seus bens.
Devido a tal fator insalubre, o desequilíbrio rural se acentua. A continuar nesse ritmo, a preocupação gerada é a aceleração da pobreza na micro região, em contraste com as políticas públicas atuais, que apontam caminhos como o desenvolvimento sustentável.
Dessa forma, com o litro do leite praticado em preços abaixo do ansiado e necessitado pelos agropecuaristas, o acúmulo de dívidas torna-se cada vez maior, por parte destes, seja em bancos, com Pronaf, CDC, e outros empréstimos, ou seja contraindo empréstimos e contas junto a fornecedores de rações e semelhantes.
Os agiotas de Angicos passaram a lucrar muito com as perdas dos agricultores, que sempre trabalhando no vermelho e sem saida, muitas vezes contraem dívidas junto a estes que se acumulam constantemente.
Chegam-me também informações que ainda estou apurando que dizem que a APASA hoje serve a uma cooperativa de caju!.
O que colhi de informação até agora é que a associação inclusive paga débitos de tal cooperativa.
Mas isso vai ficar para a próxima postagem.
