A barragem Armando Ribeiro
Gonçalves, maior reservatório de água do Rio Grande do Norte, terá sua vazão aumentada
em 30%, de acordo com decisão conjunta durante a reunião anual de Alocação de
água realizada, ontem (04), em Assu. O evento, que foi organizado pela Agencia
Nacional de Águas (ANA) e Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio
Piancó-Piranhas-Açu, aconteceu no auditório da Universidade Estadual do Rio
Grande do Norte (UERN).
Representando a Governadora
Fátima Bezerra, o secretário Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos,
João Maria Cavalcanti, abriu os trabalhos e ressaltou a importância econômica
da região, principalmente no que diz respeito às atividades de irrigação, e a
importância do reservatório para abastecimento de um percentual considerável da
população do RN.
Participaram da reunião, o
Diretor-Presidente do Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn), o secretário
adjunto da Semarh, Carlos Nobre, representantes da ANA, IGARN, SEMARH,
Secretaria de Agricultura (SAPE), usuários, e sociedade civil atuante na Bacia.
Na ocasião, os representantes da ANA fizeram uma apresentação sobre os usos
múltiplos dos recursos hídricos na região e uma proposta de planejamento
contendo as regras gerais de utilização do sistema hídrico das Barragens
Armando Ribeiro-Mendubim.
Após o processo de discussão e
votação, ficou deliberado o aumento da vazão de 5,5 para 7 m3/s pelos próximos
12 meses. “Como a expectativa do inverno é boa para o ano que vem, ficou
acordado aumentar a liberação desse fluxo e estabelecida uma regra mais
flexível, que permite uma liberação maior de água no período seco” explica o
Presidente do Comitê, Paulo Varela.
O titular da Semarh destaca
outra iniciativa discutida na reunião: ”Pequenos agricultores que captavam água
na bacia de maneira informal agora terão suas outorgas emitidas. A ANA, com
auxílio do Igarn, já elaborou um cadastro dessa categoria”.
“A orientação da Governadora é
que as discussões aconteçam de forma democrática e participativa e que se possa
abrir um consenso em prol de todos os interessados: a classe produtiva, os
pequenos irrigantes e o consumo humano. A proposta foi aprovada por aclamação”,
finaliza o secretário.
DeFato
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