Sergio Moro segue acumulando cobertura negativa
no exterior. O francês Le
Monde descreveu “o agora ministro do presidente de extrema direita” como
“herói caído da anticorrupção” em título, depois das mensagens reveladas pelo
jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept.
O britânico The
Independent,
citando a ascensão de Jair Bolsonaro como “legado” da Lava Jato, publicou: “E
foi Moro, uma figura partidária de direita com ilusões messiânicas, disposta a
acabar com o Estado de Direito em busca de seus objetivos, que desempenhou o
papel principal de colocá-lo lá”.
O site americano HuffPost,
destacando que Moro agora “encara seu próprio escândalo”, fechou extensa
reportagem com a avaliação de que “poderia ser um roteiro de Hollywood sobre os
perigos do excesso de ambição e de vaidade”.
Ao longo da terça-feira, com o ministro evitando
confirmar ou negar que a Polícia Federal —que ele controla— está investigando
Greenwald, as reações em mídia social foram de choque. Por exemplo, do
correspondente do britânico The Guardian na América Latina: “Assustador”.
No fim do dia, a organização Freedom
of the Press Foundation soltou nota, dizendo que o cerco do ministro “não é
apenas um ataque ultrajante à liberdade de imprensa, mas um grosseiro abuso de
poder”.
E, em nota
conjunta, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o Escritório do
Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos se pronunciaram
contra as “ameaças, desqualificações e intimidações” ao jornalista.
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