Procon/RN autuou seis postos de combustíveis em Natal até a manhã da última sexta-feira (10) por aumento de preços sem justificativa após registros de elevações nos valores do litro da gasolina comum, as quais chegaram a R$ 0,80 em menos de uma semana, segundo o órgão. De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre o dia 28 de abril e o último sábado (4 de maio), o litro do combustível era vendido a R$ 5,59 em média nos estabelecimentos da capital. A TRIBUNA DO NORTE percorreu diversos postos das zonas Sul e Leste da cidade na quinta-feira (9) e constatou que, na grande maioria deles, o litro custa R$ 6,39.
Se comparado ao preço médio
registrado pela ANP, a alta dos últimos dias é de 14,3%. As fiscalizações
seguem e, segundo Obede Jácome, diretor geral do Procon estadual, devem se
estender à Região Metropolitana de Natal. “Em alguns postos, a variação foi de
R$ 0,48 e em outros, chegou a R$ 0,80.Autuamos seis estabelecimentos por
elevação sem justa causa, ou seja, por não conseguirem explicar o porquê da
elevação. Agora, começa um processo administrativo e, provavelmente, essa
autuação vai se converter em multa. São estabelecimentos das zonas Sul e Leste.
Até agora, fiscalizamos cerca de 20 postos, mas vamos ampliar”, disse o
diretor.
Em vias importantes da capital percorridas pela reportagem, os postos vendiam a gasolina a R$ 6,39. A única exceção foi um posto localizado próximo à Ladeira Marpas, cujo litro do combustível custava R$ 6,35. “É importante esclarecer que nem todo posto que aumentou os preços cometeu abusos, porque alguns – mesmo aqueles que estão vendendo a gasolina a R$ 6,39, já compravam o combustível mais caro ”, esclarece Jácome.
O diretor-geral do Procon-RN
disse que, em meados de abril, o preço da gasolina fornecida pelas
distribuidoras aos postos teve aumento de R$ 0,10, os quais podem ter sido
repassados para o consumidor final somente agora. O presidente do Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos/RN), Maxwell
Flor, afirmou que a recente elevação nas bombas se deve a alguns prováveis
fatores.
“Mesmo sem redução por parte
das refinarias e dos distribuidores, em meados do mês passado, nós registramos
queda nos postos. Pode ter havido alguma campanha promocional por parte dos
revendedores. Geralmente, são campanhas para diminuir estoques ou bater metas.
Com isso, registrou-se uma redução de preços, que retorna agora aos patamares
de antes”, diz ele.
Problemas na Paraíba, de onde
o setor potiguar compra boa parte dos combustíveis, pelos preços mais
competitivos, também podem ter interferido nos preços por aqui, segundo Maxwell
Flor. “Lá, estão ocorrendo dois problemas: um deles é que o navio que traz o
produto está atrasado, provocando restrições nos estoques; e o outro é que uma
das três bases de carregamento está interditada por conta de um acidente de
trabalho”, detalha Flor. Por causa da interdição, de acordo com ele, a
prioridade tem sido dar vazão ao mercado paraibano, reduzindo a venda para
outros estados.
Tribuna do Norte
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