Para se ter uma ideia, o volume é quase o total esperado para a região Oeste ao longo dos meses de maio, junho e julho (175,2mm), segundo previsão divulgada pelo setor de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), em abril.
Segundo o chefe do setor, o meteorologista Gilmar Bristot, a chuva era inesperada para a região, por uma série de fatores, mas se formou principalmente pela ação do calor e da forte evaporação da água dos grandes reservatórios da região, que estão cheios, como é o caso da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves e Umari.
"Esse volume não era esperado, porque no mês de maio as chuvas já diminuem, por ser o ultimo mês do período chuvoso no interior do estado. Não tinha previsão de chuvas para o interior do estado nesse final de semana, até porque tem um bloqueio enorme sobre a parte central do Brasil dificultando a passagem das frentes frias, mas a gente observou que ontem à tarde essa região formou uma instabilidade bastante forte, intensa, e você tem vários reservatórios de água que estão cheios e liberam muita umidade. A evaporação dessa superfície líquida alimentou a instabilidade e intensificou as chuvas, que poderiam ter sido menores", explicou.
De acordo com Gilmar Bristot, a zona de convergência, que cria as instabilidades que causam chuvas na região já está mais deslocada para o Norte e a previsão é de que o estado comece a registrar mais precipitações em outras regiões, como o Litoral e o Agreste a partir deste mês.
O Instituto de Gestão das Águas (Igarn) atribuiu à chuva que caiu em Campo Grande, o aumento do volume da Barragem de Umari, que voltou a sangrar durante a madrugada. O terceiro maior reservatório de água do estado fica no município de Upanema.
Maiores volumes registrados no Oeste potiguar
- Campo Grande - 162.4 mm
- Janduís - 150.2 mm
- Rodolfo Fernandes - 80 mm
- Triunfo Potiguar - 55.8 mm
- Jucurutu - 55 mm
- Severiano Melo - 53.8 mm
- Caraúbas - 53.2 mm
- Felipe Guerra - 50 mm
- Apodi - 40 mm
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