Já concluindo as atividades do
ano letivo de 2023 com dificuldades nas instalações dos prédios da escola, para
o ano de 2024 a escola aderiu ao programa da escola em tempo integral. A
decisão foi tomada com o intuito de fornecer aos seus estudantes melhores
condições de ensino, uma vez que ao manter o aluno em ambiente escolar por mais
tempo favorece um maior aproveitamento dos planos pedagógicos propostos pelas
instituições.
O sistema de tempo integral foi planejado para o ano de 2024, mas não chegou a ser posto em prática, uma vez que as melhorias acordadas pelo projeto não foram completamente implementadas. “O projeto garante melhorias além dos reparos já necessários na infraestrutura. É prometido uma agilidade na adequação do espaço, reconhecendo as condições mínimas necessárias para o conforto do aluno, porque ele vai precisar de um horário de descanso e de recreação. Chegamos a receber os eletrodomésticos necessários para melhor atender a maior demanda de alunos, como buffet self service e novos bebedouros. Eles não chegaram a tempo do início do ano letivo, mas chegaram e, além das melhorias na infraestrutura, nós também ainda estamos aguardando um novo freezer”, conta o diretor Ramon da Silva Jales.
Para poder continuar atendendo
os 203 alunos matriculados na escola, o gestor precisou implementar um
revezamento dos horários na escola, atendendo apenas alunos do 1º ao 5º ano ou
alunos do 6º ao 9º ano por turno. “Foi necessária essa divisão dos alunos, e
remanejar eles entre os horários, sendo alternado a cada semana, uma semana os
alunos do 1º ao 5º vêm pela manhã, e na outra semana a tarde. E o mesmo para os
alunos do 6º ao 9º ano. Assim eles continuam tendo as mesmas disciplinas, porém
infelizmente cada aula com o espaçamento de 15 dias entre eles”, explica Ramon.
A dificuldade imposta pelo
distanciamento entre os encontros é uma queixa da professora Janaina Lira, que
atua na escola há 4 anos e reconhece que a necessidade da medida, mas percebe o
distanciamento como prejudicial para a continuidade das aulas. “A quebra da
constância e da continuidade quebra o raciocínio do aluno, e a cada aula que
temos nós acabamos precisando revisar o que foi dado. Foi preciso reduzir a
carga de conteúdo que havíamos planejado para ministrar, e isso vai acabar
prejudicando o aluno lá na frente”, fala a professora.
Para melhor atender os alunos
em sistema de tempo integral, o Programa Escola em Tempo Integral ainda prevê o
aumento no custo da alimentação por aluno. “Um cálculo feito pelo MEC prevê uma
adequação na merenda escolar em que enquanto para o aluno de um único período
custe R$0,23 por dia, para cada aluno de período integral o cedido pelo órgão
para o custeio da alimentação diária é R$1,26. Nós precisamos devolver esse
fomento ao governo, uma vez que nas atuais condições nós não conseguimos
implementar o tempo integral na escola”, conta o diretor.
A escola possui 213 matrículas
efetuadas, das 306 vagas oferecidas pela instituição. Tendo cerca de 20 alunos
por turma, os turnos são ocupados cada um por 5 turmas. O diretor declara
também que, das vagas ofertadas, dezenas foram canceladas no início do ano
letivo, quando a escola informou que não seria possível oferecer o tempo
integral no formato idealizado pelo programa estadual.
Em nota, a Secretaria de
Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer informa que “recebeu a
direção da unidade de ensino nesta terça-feira (30) e ficou alinhado que a
ordem de serviço para os serviços de manutenção será assinada nos próximos dias
e as obras serão iniciadas até o final de maio”.
Tribuna do Norte
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