Reitoria da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) — Foto: Igor Jácome/G1
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Diante de um corte de R$ 60
milhões no orçamento previsto para 2019, a Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN) deverá demitir 1.545 servidores terceirizados e suspender
parcial ou totalmente suas atividades ainda em setembro. A previsão é da
reitora Ângela Maria Paiva Cruz, que encerra seu segundo mandato em 28 de maio.
"Nós vislumbramos que, se
esse bloqueio se transformar realmente em corte, vai inviabilizar o
funcionamento da Universidade de agosto em diante. Talvez a gente sobreviva até
agosto, mas de setembro em diante nós não teríamos como funcionar",
declarou.
Segundo ela, a instituição
terá uma reunião com os empresários que prestam serviços, em que vai informar a
iminência da rescisão de contratos. Ângela Maria, o número de terceirizados nos
cinco campi da UFRN representam praticamente metade do corpo técnico da
instituição.
Dos R$ 116 milhões previstos
para custeio da instituição, em contratos de segurança, limpeza, energia e
água, por exemplo, R$ 48 milhões foram bloqueados. Outros R$ 12 milhões foram
cortados do orçamento de capital, usado em obras, compras de equipamentos e até
de livros - que era de R$ 27 milhões.
Para se ter uma ideia, somente
os contratos com terceirizados representam cerca de R$ 52 milhões anuais e o
custo de energia da instituição giram em torno de R$ 20 milhões e têm previsão
de aumento com a inauguração de novos prédios.
Além desses trabalhadores, o
número de desempregados pode ser ainda maior. Isso porque, a reitora lembra de
outros contratos como manutenção de aparelhos ar-condicionados e outros
sistemas, que poderão ser suspensos. "Isso vai gerar um impacto social
muito grande", afirmou.
Mais de 1.500 servidores
terceirizados da Universidade Federal do Rio Grande do Norte deverão ser
demitidos, após cortes no orçamento — Foto: Igor Jácome/G1
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G1RN
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