O WhatsApp alertou seus 1,5
bilhão de usuários no mundo todo para que o aplicativo de celular fosse
atualizado. Uma brecha de segurança da plataforma permitiu que hackers
instalassem um vírus para monitorar o uso do aparelho.
Segundo o professor da FGV
Arthur Igreja, do ponto de vista técnico, o “WhatsApp teve sua pior falha de
segurança.”
O especialista em tecnologia
afirma que o WhatsApp tinha como uma de suas prioridades a segurança e a
privacidade das mensagens trocadas entre os usuários. Porém, foi usado para
expor todos os demais aplicativos instalados no aparelho.
“O vírus instalado pelos
hackers permitia espionar 100% do uso do celular. Isso criou uma
vulnerabilidade para aplicativos de bancos, e-mails e para outros serviços
usados pelo celular”, explica o professor.
Os cibercriminosos usaram uma
chamada de voz pelo aplicativo para conseguir instalar o vírus. A vítima não
precisava atender a ligação para ter o celular invadido. O histórico de
chamadas ainda era apagado para não deixar pistas. Isso dificultava a
descoberta de que algo irregular estava ocorrendo.
O professor Igreja alerta que
ainda é cedo para ter a dimensão real do ataque. “O WhatsApp não revelou o
número exato de quantas pessoas foram vítimas dos hackers. É possível que não
tenha sido algo tão pontual”, afirma.
Procurado pelo R7, o WhatsApp
enviou o seguinte posicionamento:
“O WhatsApp incentiva as
pessoas a atualizarem o nosso aplicativo para a versão mais recente, assim como
manter o sistema operacional dos dispositivos atualizados, a fim de proteger
contra possíveis ataques destinados a comprometer as informações armazenadas em
dispositivos móveis. Estamos trabalhando constantemente ao lado de parceiros da
indústria para fornecer os aprimoramentos de segurança mais recentes para
ajudar a proteger nossos usuários.”
R7
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