Como qualquer equipamento tecnológico, os fones
de ouvido evoluíram bastante nos últimos anos. Existe opção para todos os
gostos e também todos os bolsos. As
principais diferenças, além do preço, estão – principalmente – na qualidade de
som, que chegou a níveis altíssimos inclusive nos modernos modelos sem fio.
São basicamente quatro modelos: o in-ear é
aquele que fica dentro do ouvido. O earbud, ainda pequeno, fica apenas
encaixado no ouvido e ainda são os mais populares. Um pouquinho maiores e já
fora da orelha os modelos supra-auriculares também são vistos com frequência
nas ruas. Mas é nos headphones – os maiores, que normalmente está a melhor
qualidade dos fones de ouvido. Este formato saiu dos estúdios profissionais e
vem se tornando cada vez mais popular nas ruas; afinal, eles também são pra lá
de estilosos.
Recentemente, fones que também tiveram um
grande salto no quesito qualidade são os modelos wireless, que se conectam aos
dispositivos via Bluetooth. Com o Bluetooth 4.0 e uma transmissão de dados mais
homogênea e rápida, a qualidade de som desses fones se aproxima aos modelos com
fios; isso, sem contar a praticidade de se livrar definitivamente daquele
emaranhado de cabos na hora de curtir um som.
Para escolher um bom é preciso observar e
comparar características básicas como potência, sensibilidade, impedância e
frequência. Para aqueles que gostam do som alto, quanto mais potência, melhor.
Nos fones de ouvido, a potência é medida em miliwatts; fones bons começam com
potência de 50 miliwatts. A sensibilidade de um fone de ouvido mede o volume
máximo que o modelo pode alcançar. A sensibilidade é medida em decibéis de
nível de pressão sonora por miliwatt; vale lembrar que acima dos 85 decibéis, o
som já está alto o bastante para causar danos à audição humana. Mas a maioria
dos bons fones disponíveis no mercado já vão além disso...chegando até 120
decibéis.
E por falar em volume alto e danos à audição
humana, um estudo recém divulgado pela Proteste e pela Sociedade Brasileira de
Otologia mostra que os adolescentes têm abusado (e muito) do volume dos fones
de ouvido. De acordo com a pesquisa, quase 80% dos jovens ouvem música com
fones de ouvido em volume superior ao limite considerado seguro; os 85 decibéis
que acabamos de comentar.
Durante o levantamento realizado em colégios
particulares de São Paulo, o volume médio aferido foi de 92 decibéis, que pode
ser comparado, por exemplo, a uma batedeira. O volume máximo encontrado no caso
foi de 109 decibéis, índice superior ao ruído feito por uma furadeira. É bem
alto.
Não existe escala de segurança para fones de
ouvido. O que vale lembrar é que a audição é extremamente frágil e delicada. E
o que também preocupou os pesquisadores foi o tempo de exposição ao som alto
nos fones de ouvido. De acordo com o estudo, 64% dos estudantes pesquisados
ouvem música no fone de ouvido por um período superior a duas horas diárias.
A recomendação é que você não ultrapasse a
metade do volume do aparelho que está tocando a música por um período contínuo
de até duas horas. Agora para quem abusa do som alto por muito tempo nos fones
de ouvido, saiba que as consequências podem ser desastrosas.
Mais do que isso, fora do ouvido,
irritabilidade, insônia e até aumento da pressão são efeitos colaterais da
exposição de médio a longo prazo a sons altos.
Sobre os diferentes modelos que apresentamos no
começo desta matéria, a doutora Tanit, afirma que os in-ear são os mais
agressivos à nossa audição quando usados sem moderação uma vez que levam o som
diretamente para os tímpanos. Por outro lado, os modelos com “noise canceling”
podem ser considerado um pouco mais seguros do que os outros; claro, quando
usados de forma correta.
Ah, é bom lembrar, além de frágeis e delicadas,
as células do nosso ouvido não se regeneram; ou seja, uma vez mortas, não tem
volta. Curta um bom som, bons fones de ouvido, mas não se esqueça de proteger
sua audição.
Olhar Digital- Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente